Agência Panafricana de Notícias

Comité africano adopta visão de Kadafi sobre reforma da ONU

Tripoli- Líbia (PANA) -- O Comité Africano para a reforma da ONU adoptou, sexta-feira à noite, a proposta do líder líbio, Muamar Kadafi, presidente em exercício da União Africana (UA), relativa à concessão a África dum assento permanente no Conselho de Segurança, com ou sem reformao, para "fazer a África".
Falando à imprensa à saída da reunião do Comité de que é presidente, o chefe do Estado da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, sublinhou que a reunião dos membros da estrutura foi "curta mas bem sucedida".
Precisou que o mandato do Comité é conseguir uma posição africana unificada sobre a reforma da ONU.
"Enquanto Africanos, pedimos dois assentos permanentes no Conselho de Segurança bem como a realização das outras reformas que o continente africano reclama das Nações Unidas", disse o Presidente Koroma, indicando que as negociações sobre a reforma da ONU estão ainda em curso e que uma ronda das negociações intergovernamentais acaba de terminar.
Sublinhou que a reunião passou em revista os resultados do encontro ministerial do Comité ocorrido na capital ugandesa, Kampala, e formulou recomendações que foram apresentadas à cimeira do Comité dos 10 a nível presidencial.
O presidente do Comité africano sublinhou que todas as questões que foram validadas pela reunião vão ser debatidas durante um encontro do Comité as estudar com vista à próxima reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Comité africano dos 10 sobre a reforma da ONU realizou sexta-feira à noite uma reunião na presença de Kadafi, de Koroma, do Vice-Presidente do Quénia, Stephen Musyoka, e da Comissária da UA para os Assuntos Políticos, Julia Joiner.
Estiveram também presentes o ministro serraleonês dos Negócios Estrangeiros, Zaïnab Bangura; o vice-ministro argelino dos Assuntos Magrebinos e Africanos, Abdelkader Mssahel; e representantes do Congo, do Uganda e da Zâmbia.
A reunião ressaltou a importância da visão de Kadafi relativa à necessidade de reparar a injustiça histórica sofrida pela África dando-lhe um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU com todos os privilégios, incluindo o direito a veto.
O Comité africano para a reforma da ONU integra a Líbia, a Argélia, o Senegal, o Congo, o Uganda, a Guiné Equatorial, a Zâmbia, o Quénia, a Namíbia e a Serra Leoa que assume a presidência.