Agência Panafricana de Notícias

Comissária da UA saúda modelo de organização de cadeia feminina em Angola

Luanda- Angola (PANA) -- O modelo de organização e gestão da cadeia feminina de Viana (periferia do sul de Luanda) deve ser copiado e realçado por outros países africanos, estimou quarta-feira em Luanda a comissária da União Africana (UA) para os Direitos Humanos e dos Povos, Sayata Maiga.
Sayata Maiga, que fez estes pronunciamentos no final de uma visita a este estabelecimento prisional, acrescentou que, em função das condições das prisões africanas, o estabelecimento feminino de Viana apresenta uma experiência que deve ser copiada e ressaltadas por muitos países do continente negro.
Na sua óptivca, a cadeia de Viana enquadra-se nas normas internacionais, não somente no que diz respeito ao enquadramento social, psicológico, mas também em termos de oferta de alimentos e educação moral e religiosa.
A comissária da UA disse que os direitos do homem são um ideal, sublinhando no entanto que "devemos também apreciar os esforços quando os mesmos são feitos".
Porém, ela indicou haver desafios ainda por enfrentar neste cárcere, nomeadamente os atinentes à formação académica e a um melhor acompanhamento das famílias, sobretudo as de reclusas com longas penas.
Sayata Maiga felicitou também o pessoal de enquadramento e a administração penitenciaria da cadeia feminina de Viana, e encorajou ainda o ministério do Interior a reforçar os programas de ressocialização, reabilitação, reinserção em favor das mulheres e de detidos de uma forma geral.
Durante a sua visita a este local, a comissária da UA para os Direitos Humanos foi acompanhada pelos vice-ministros do Interior para os Serviços Prisionais, Bamokina Zau, e da Família e Promoção da Mulher, Ana Paula Sacramento, entre outras individualidades.
Após ter recebido explicações da directora em exercício da cadeia de Viana, Augusta Major, e visitado vários compartimentos, ela reuniu-se com algumas reclusas e a direcção da instituição.
Chegada a Angola desde o dia 19 de Abril, Sayata Maiga realiza um série de encontros com entidades nacionais e visita distintos locais para se inteirar sobre o estado dos direitos humanos.