Agência Panafricana de Notícias

Comandos Islâmios têm dever e responsabilidade mundiais, diz Kadafi

Tripoli- Líbia (PANA) -- A forte presença dos actores islâmicos em todos os países do mundo prova que existem no Islão forças que têm o sentido de responsabilidade e que julgam ter um dever a respeitar neste mundo, considerou quinta-feira o líder líbio e presidente em exercício da União Africana (UA), Muamar Kadafi.
Falando aos participantes na quinta conferência geral dos Comandos Populares Islâmicos Mundiais (CPIM) reunidos em Tripoli, o líder líbio afirmou que a sua presença nesta conferência não deve ser tomada descuidadamente e prova o seu sentido de responsabilidade mundial e histórica.
Precisou que esta conferência se realizou para mostrar ao mundo inteiro que "estes actores são verdadeiros actores populares islâmicos e verdadeiros comandos populares do mundo islâmico e não comandos administrativos nomeados e demitidos por decreto".
Segundo ainda Kadafi, estes comados não se assemlham tão-pouco a políticos tradicionais que ascendem graças às eleições, se destituem pelas eleições e mudam com as mudanças de Governos e dos regimes políticos.
"Estes são, pelo contrário, comandos permanentes e constituem os actores do mundo islâmico que possuem uma grande influência moral e espiritual na Umma Islâmica", realçou.
O líder Kadafi sublinhou igualmente a grande responsabilidade que incumbe a estes comandos que têm um dever para com esta Umma que tem, por seu turno, um dever para com o mundo visto que ela "é a Umma preferida e escolhida para as pessoas que Deus fez dela uma Umma moderada".
Segundo ainda Kadafi, este movimento influirá certamente no mundo, visto que está espalhado por todos os continentes e representa o património e os valores culturais e espirituais que devem beneficiar o mundo inteiro.
"Se nós compreendermos e ressentirmos esta grande responsabilidade, esta convicção levar-nos-á, sem nenhuma dúvida, a cada vez mais esforços, trabalho e luta que terão um maior efeito no mundo", disse.
No seu discurso, ele apelou para a adopção dum programa ao serviço dos objectivos dos comandos populares islâmicos com vista a fazer face aos graves desafios com que está confrontada a Umma islâmica e a dar um forte impulso à sua acção "a fim de que o mundo sinta que a Umma está encarnada nestes CPIM que trabalharam, levaram a sua voz e que esta Umma tem uma mensagem divina a transmitir".