Agência Panafricana de Notícias

Cilma de tensão precede discurso à nação do Presidente sul-africano

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - A tensão é alta na véspera do discurso à nação muito esperado quinta-feira do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, que não compareceu no Parlamento desde novembro na sequência duma espécie de amotinação que o impediu de terminar uma sessão de perguntas e respostas com deputados.

Em 2014, o Vice-Presidente, Cyril Ramaphosa, tentou fazer as pazes com a oposição contrariada pela suspensão dos deputados do Combatente pela Liberdade Económica (EFF).

Naltura, Ramaphosa pediu aos deputados da oposição para tratar o chefe de Estado com mais respeito, mas tudo se desmoronou só um dia depois.

Os EFF e o seu líder carismático, Julius Malema, prometeram considerar o Presidente Zuma, quando discursar, como o autor do desvio de 20 milhões de dólares americanos dos contribuintes para remodelar a sua casa privada.

Domingo último, Malema advertiu que o Presidente Zuma nem terá mesmo a possibilidade de gargarejar nem pronunciar o seu discurso.

Acrescentou que os Sul-africanos negros não têm nada a perder, rebelando-se contra o Congresso Africano Nacional (ANC), no poder, chamando o Presidente Zuma de líder "tsotsi" (o ladrão) do país.

"O ANC nunca terá paz enquanto faltarem água e eletricidade", declarou Malema durante um comício em Mohlakeng, perto de Joanesburgo, segunda cidade e a capital económica da África do Sul.

Respondendo domingo último a estas ameaças dos EFF, Zuma afirmou não estar nervoso em relação a esta atitude de tencionar interromper o seu discurso.

"O Parlamento age de acordo com um conjunto de regras. Nunca estive nervoso na minha vida ", declarou o estadista sul-africano à imprensa em Pretória, a capital política do país.

-0- PANA CU/SEG/MTA/BEH/DIM/DD 09fev2015