Agência Panafricana de Notícias

Cerca de 100 são-tomenses retidos em Portugal regressam à casa

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Cerca de 100 cidadãos são-tomenses retidos, em Portugal, há pouco mais de três meses, por causa do encerramento do espaço aéreo devido à pandemia da covid-19, regressaram à casa este sábado, soube-se de fonte oficial, em São Tomé.

Autorizado pelo Governo são-tomense, o primeiro voo comercial excecional em pleno estado de calamidade desembarcou, no aeroporto internacional de São Tomé, por volta das 05:00 locais deste sábado, com cerca de 100 passageiros a bordo.

Dentre eles destacam-se são-tomenses que estavam em missão de serviço, de ferias, doentes em tratamento e estrangeiros residentes no arquipélago.

Segundo, Gaudêncio Costa, diretor da ENASA (empresa nacional de segurança aeroportuária), o voo cumpriu o protocolo sanitário e medidas de segurança estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), e pelo ICAO (Instituto de Aviação Civil Aeronáutica Internacional).

No aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, os viajantes foram certificados como negativos à covid-19, antes da viagem.

Os que não cumpriram esta medida foram rastreados, à chegada a São Tomé, por uma brigada de agentes de saúde montada pelo sistema nacional de saúde com o auxílio de especialistas da OMS.

No mesmo dia, regressaram a Portugal e outros países da União Europeia 200 passageiros, que estiveram retidos em São Tomé, devido ao enceramento do espaço aéreo provocado pela pandemia do novo coronavírus que já matou 12 pessoas e infetou cerca de 600 outras, no arquipélago.

O voo de repatriamento deste sábado foi antecedido de um exercício simulacro pela segurança aeroportuária e pelo sistema de saúde, para a efetiva reabertura do espaço aéreo aos voos comerciais provenientes da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a partir de 1 de julho próximo.

Segundo Feliciana Sousa Pontes, diretora dos cuidados primários de saúde, foram diagnosticados dois casos positivos.

Os dois portadores do vírus, assegurou Sousa Pontes, foram aconselhados a mantar-se em quarentena domiciliária, pelo que estarão em permanente contacto com o sistema de vigilância epidemiológica.

-0- PANA RMG/IZ 21junho2020