Agência Panafricana de Notícias

Casos postivos de covid-19 em prisões na Guiné Conakry

Conakry, Guiné (PANA) – Cerca de 47 prisioneiros afetados pela covid-19 (coronavírus), dum total de 54 doentes na Prisão de Conakry, foram curados quinta-feira, sublinha um comunicado do Ministério da Justiça, transmitido à imprensa.

A mesma fonte sublinha que, devido à entrada do coronavírus em meio carcerário, importantes medidas de barreiras e outros dispositivos foram tomados pelas autoridades judiciais, dando assim “um resultado positivo notável” em termos de tratamento dos reclusos testados positivos.

Por seu turno, a Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANSS) garante que 88 novos casos positivos foram registados no termo de 385 testes cujos resultados foram divulgados, quarta-feira, ou seja, um total de três mil 346.

Revelou que mil 895 doentes foram curados contra 21 mortes, desde o registo do primeiro caso declarado a 12 de março último.

Na semana passada, o Conselho Científico sugeriu ao Governo para manter as escolas e os locais de culto encerrados na cidade capital, devido à propagação do coronavírus.

Criado em março último pelo Presidente da República, Alpha Condé, depois de detetado o primeiro caso, o Conselho Científico, cuja missão é aconselhar o Governo, justificou a sua recusa relativamente à reabertura dos locais de culto e de escolas, pelo grande risco de transmissão comunitária no país, nomeadamente na região de Conakry, o epicentro da pandemia.

A estrutura precisa que perto de 99 por cento dos casos registados no país aconteceram em Conakry e nas prefeituras de Coyah e Dubréka, na Baixa Guiné.

Esta realidade mostra uma disparidade da situação epidemiológica entre estas zonas e o interior do país, segundo o Conselho Científico, que precisa que a taxa de positividade varia entre os 20 e os 30 por cento, há várias semanas, na cidade capital contra sete a  12 por cento nas cidades vizinhas.

A falta de isolamento de todos os casos suspeitos, a falta de hospitalização de todos os casos confirmados, a fraca adesão comunitária às medidas de prevenção são, entre outros, fatores negativos notados na luta contra o flagelo, segundo a ANSS.

-0- PANA AC/IS/MAR/DD 29maio2020