Agência Panafricana de Notícias

Casos de tuberculose diminuem em São Tomé e Príncipe, diz Governo

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) – O sistema nacional de saúde de São Tomé regista em média 10 óbitos por ano devido à tuberculose, afirmou o coordenador do Programa de Luta Contra Tuberculose, Sida e Hepatite, Bonifácio Sousa.

As autoridades prevêem eliminar a doença em 2035, mas a sensibilização da população apresenta-se como um dos maiores desafios, afirmou Sousa em em declaração à imprensa.

“A nossa situação epidemiológica não é assim taã má, porque, em 2019, registamos 142 casos, temos uma média anual de 150 casos”, acrescentou o responsável.

Adiantou ainda que o país registou “uma diminuição de casos, comparativamente ao ano de 2018, em que tinham sido assinalados 142 casos.

Em relação a óbitos, prosseguiu, "temos uma média que ronda os 10 óbitos por ano. Em 2019, tivemos 14 óbitos."

Indicou que o país trabalha no sentido de reduzir a doença em 2035, frisando que a   sensibilização da população coloca-se como um dos maiores desafios para o cumprimento desta meta.

“É possível fazer uma despistagem, fazer o tratamento. O tratamento está disponível de forma gratuita. O acesso ao tratamento da tuberculose é universal a 100 por cento", assegurou o o coordenador do Programa de Luta Contra Tuberculose, Sida e Hepatite.

A tuberculose ocupa, segundo o médico, a décima posição da doença mais mortífera no mundo.

Disse, por outro lado, que São Tomé e Príncipe tem atualmente uma taxa de 75 por cento de tratamento, e que o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) exige 85 por cento.

“A Tuberculose nas crianças, em termos de prevalência, é de 5 a 8 por cento. Trata-se de uma grupo alvo cuja atenção está a ser dada", informou Bonifácio de Sousa.

Em São Tomé e Príncipe, prevalece a ignorância por parte da população que entende que a doença não tem cura e que a é perigosa, referiu.

“Temos assistido pessoas ainda com medo da doença tuberculose. Porque ainda pensam que a tuberculose é ainda uma doença muito ruim que não tem cura. Por isso elase fogem e abandonam o tratamento.”, lamentou.

Para que haja uma boa taxa de sucesso terapêutico, considerou, o sistema nacional de saúde de São Tomé oferece, há vários anos, a cesta básica (arroz, feijão, açúcar, sal, esparguete) aos pacientes em tratamento, deu a conhecer.

No âmbito desta estratégia, agentes de saúde levam às casas dos pacientes comprimidos, de acordo com um calendário estabelecido.    

Bonifácio Sousa explicou que está em via de ser adotado um protocolo para o diagnóstico da Tuberculose Latente e a identificação de pessoas portadoras da doença sem sintomas.

Sob lema “É hora de se pôr fim à tuberculose”, o Dia Mundial contra Tuberculose assinalou-se  terça-feira (24 de marços de 2020), data  instituída há 38 anos pela OMS.

-0- PANA RMG/DD 24março2020