Agência Panafricana de Notícias

Casos de Ébola e falecimentos continuam a aumentar na África Ocidental

Genebra, Suíça (PANA) - O número de casos da febre hemorrágica de Ébola e de falecimentos devidos a esta doença, iniciada na Guiné-Conakry em dezembro de 2013 antes de se propagar a três outros países da África Ocidental, continua a aumentar, atingindo dois mil e 473 casos e mil e 350 mortos, respetivamente, até 18 de agosto.

Segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 17 e 18 de agosto um total de 221 novos casos confirmados pelos laboratórios, prováveis e supostos, e 106 falecimentos foram registados na Guiné-Conakry, na Libéria, na Nigéria e na Serra Leoa.

Este balanço foi comunicado antes de as autoridades nigerianas anunciarem um novo óbito e cinco novos casos suspeitos que não foram, por isso, tomados em conta pela OMS.

A Libéria continua o país mais afetado, com um total de 972 casos e 576 mortos, seguido da Guiné-Conakry (579 casos, 396 mortos), da Serra Leoa (907 casos, 374 mortos) e da Nigéria (15 casos e cinco mortos).

Segundo a OMS, nenhum novo caso da doença foi confirmado fora destes quatro países da África Ocidental, mas os demais países do mundo continuam a exercer uma supervisão ativa dos casos de febre hemorrágica de Ébola.

"A OMS recebeu relatórios sobre casos suspeitos e uma verificação sistemática está em curso em vários países para confirmar se há verdadeiramente casos do vírus de Ébola. Ao todo, estes relatórios são um sinal positivo sobre o facto de que a supervisão é eficaz e que os países intensificam a sua preparação para fazer face", indicou a OMS num comunicado quarta-feira.

Apesar do número crescente de casos e de falecimentos, a OMS revelou não ter recomendado a aplicação de nenhuma restrição de viagem ou de comércio, "exceto nos casos onde indivíduos foram confirmados ou suspeitos de estar infetados pelo vírus e indivíduos tiveram contacto com os casos".

A OMS declarou a pior epidemia do vírus de Ébola jamais registrada como uma "emergência mundial de Saúde Pública" e encorajou os países afetados a decretar igualmente emergências nacionais.

-0- PANA SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 21ago2014