Agência Panafricana de Notícias

Candidato do partido no poder promete fim da impunidade em Angola

Luanda, Angola (PANA) - O candidato presidencial do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) às próximas eleições gerais no país, João Lourenço, prometeu pôr fim à impunidade no país através de um "cerco apertado" à corrupção.

Discursando no fim de semana no ato que marcou o lançamento da sua pré-campanha eleitoral, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla (centro-sul), o candidato considerou a corrupção como um "mal que corrói" a sociedade angolana.

Segundo João Manuel Gonçalves Lourenço, atual ministro da Defesa e vice-presidente do MPLA, a corrupção é um fenómeno que afeta todos os países, mas o problema é a forma como Angola encara o problema.

"Não podemos é aceitar a impunidade perante a corrupção", declarou, prometendo um "cerco apertado" a este "grande mal" e apoio aos empresários que trabalham de forma honesta.

Na sua ótica, os empresários têm "apenas três obrigações fundamentais", tais como licenciar a empresa e pagar atempadamente os salários aos trabalhadores e os impostos ao Estado.

"De resto, deixem-nos trabalhar. Não ponham mais dificuldades", sublinhou, referindo-se aos problemas que os empresários enfrentam para investir em Angola devido, segundo ele, aos subornos sistemáticos, localmente conhecidos como "gasosas".

Ainda sobre o investimento, defendeu o envolvimento dos privados nos projetos de reconstrução nacional, com a criação de parcerias público-privadas para recuperar infraestruturas porque, justificou, "não precisa ser o Estado sozinho a construir".

A candidatura de João Lourenço às presidenciais de agosto próximo foi aprovada na última reunião do Comité Central do MPLA por proposta do líder do partido e Presidente da República, após a desistência deste último de se recandidatar à sua própria sucessão.

Com esta designação e por imperativo constitucional, João Lourenço passou a liderar a lista dos candidatos a deputados aprovada na mesma reunião do Comité Central, órgão máximo de decisão do partido que governa o país desde a Independência em 1975.

Nos termos da atual Constituição angolana, em vigor desde 5 de fevereiro de 2010, é eleito Presidente da República o cabeça-de-lista da formação política vencedora do escrutínio parlamentar, enquanto o segundo da lista passa a ser o Vice-Presidente da República.

Na lista de candidatos a deputados do MPLA, a segunda posição é ocupada por Bornito de Sousa, atual ministro da Administração do Território.

-0- PANA IZ 20fev2017