Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde toma medidas para controlar atletas da Guiné-Conakry contra Ébola

Praia, Cabo Verde (PANA) – As autoridades cabo-verdianas vão tomar uma série de medidas para controlar os atletas da seleção de basquetebol da Guiné-Conakry, país afetado pelo ébola e que esta semana joga, na capital cabo-verdiana, contra Cabo Verde, apurou a PANA na cidade da Praia, de fonte desportiva.

Este anuncio foi feito durante uma conferência de imprensa realizada, terça-feira, para o lançamento da eliminatória para o Afrobasket 2015, em que a seleção de Cabo Verde vai defrontar, na quinta e sexta-feiras, a sua congénere da Guiné-Conakry.

Segundo o presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCBB), Kitana Cabral, “está tudo coordenado” com as autoridades de saúde para que não haja qualquer perigo resultante da presença de pessoas provenientes de um país onde a epidemia não está ainda totalmente controlada.

“O Estado de Cabo Verde aceitou que a eliminatória fosse realizada em Cabo Verde, tomando todas as precauções pertinentes e necessárias para qualquer eventualidades”, explica Cabral.

Ele ressalvou que a medida de prevenção não é só para os jogadores da Guine-Conakry, mas também extensiva ao segmento dos jogadores nacionais e da delegação cabo-verdiana que estará envolvida nesta competição.

As autoridades sanitárias cabo-verdianas tinham desaconselhado a deslocação da seleção de basquetebol a Conakry, o que levou a FCBB a pedir à Federação Africana de Basquetebol que os dois jogos da eliminatória fossem realizados na cidade da Praia, pedido que foi aceite também pelo adversário.

Desde agosto passado, o Governo cabo-verdiano aprovou a interdição de entrada no território nacional a cidadãos estrangeiros não residentes em Cabo Verde que, nos últimos 30 dias, tenham estado nos países afetados pela febre hemorrágica causada pelo vírus do Ébola.

A medida, enquadrada no Plano de Contingência Nacional que foi elaborado de acordo com orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), já tinha sido antecedida pelo reforço de controlo nos portos e aeroportos do arquipélago em relação aos passageiros provenientes da Serra Leoa, da Guiné-Conakry e da Libéria, os países mais afetados pela pelo vírus do Ébola.

Na lista das restrições chegaram a figurar também pessoas oriundas da Nigéria e do Senegal, bem como dos Estados Unidos, países que foram posteriormente isentos depois da constatação de que os casos importados do vírus do Ébola registados nos seus territórios estão controlados e não representam perigo para a propagação da doença a outros países.

-0- PANA CS/IZ 10fev2015