Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde sobe duas posições no desenvolvimento humano

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde subiu duas posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), referente a 2018, passando de 128 para o lugar 126 num total de 189 países avaliados.

Entre os países lusófonos, o arquipélago  integra com Angola, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial o conjunto de países de desenvolvimento humano médio.

Já a Guiné-Bissau e Moçambique mantiveram-se nos últimos lugares da lista dos países com baixo desenvolvimento humano com o primeiro a descer da posição 177 para a 178 e este último a permanecer na posição 180, sendo o nono pior país do índice.

Globalmente, o Níger ocupa a última posição do índice, seguido pela República Centroafricana, pelo Tchad e Sudão do Sul, enquanto a Noruega lidera a lista, seguida da Suíça, da Irlanda e da Alemanha, países que mantiveram inalteradas as suas posições relativamente ao índice anterior.

O IDH divulgado segunda-feira e que integra o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019, centrou-se este ano nas desigualdades em matéria de desenvolvimento humano nos países analisados.

O relatório adianta que, apesar do progresso sem precedentes contra a pobreza, a fome e doenças, muitos países continuam com graves problemas provocados pelas desigualdades, e destaca uma nova geração de desigualdades, em torno da educação, tecnologia e mudanças climáticas.

O estudo estima que, em 2018, cerca de 20 por cento do progresso do desenvolvimento humano foi perdido devido às desigualdades.

Apontando como exemplo a igualdade de género, o relatório refere que, a manterem-se as tendências atuais, serão necessários mais de 200 anos para eliminar a diferença de oportunidades económicas entre homens e mulheres.

Pela primeira vez, o relatório inclui um Índice de Normas Sociais, que revela que em metade dos países avaliados, o preconceito de género cresceu nos últimos anos.

Cerca de 50 por cento das pessoas em 77 países pensam que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres e mais de 40 por cento considera que os homens são melhores na área dos negócios.

Num outro exemplo, o estudo compara as perspetivas futuras de crianças nascidas no ano 2000, em países de desenvolvimento muito alto e de desenvolvimento baixo, adiantando como muito provável que 55 por cento dos jovens nascidos no primeiro grupo frequentem o ensino superior contra três por cento no segundo grupo.

Por outro lado, 17 por cento das crianças nascidas, em 2000, em países de baixo desenvolvimento, terão morrido antes dos 20 anos, contra apenas um por cento dos nascidos em países de muito alto desenvolvimento, e os que sobreviverem terão menos 13 anos de esperança média de vida.

O Índice de Desenvolvimento Humano combina rendimento dos países, expetativa de vida e educação.

A Noruega, que lidera o índice, teve em 2018 uma pontuação de 0,954, enquanto o Níger, que ocupa a última posição, teve apenas 0,377 pontos.

-0- PANA CS/IZ 10dez2019