Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde sobe 17 posições no Índice da Perceção da Corrupção

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde subiu 17 pontos no Índice da Perceção da Corrupção referente ao ano de 2016 e ocupa o 38º lugar num total de 176 países avaliados pela Transparência Internacional, apurou a PANA, quinta-feira, de fonte segura.

De acordo com o relatório divulgado em Berlim (Alemanha), o arquipélago cabo-verdiano posicionou-se como melhor classificado do grupo lusófono em África e segundo melhor do continente, sendo apenas ultrapassado pelo Botswana que está no 35º lugar do ranking.

Cabo Verde é apontado como um dos países da África Sub-Sariana que melhor desempenho teve na edição deste ano do ranking da percepção da corrupção, no tocante nomeadamente às eleições presidenciais de 2016, consideradas exemplares por observadores internacionais.

Ao reagir a esta melhoria da classiicação atribuída pela Transparência Internacional, o Governo cabo-verdiano garantiu que o objetivo é continuar a melhorar a sua posição no índice sobre a percepção da corrupção.

"Ainda não estamos satisfeitos, queremos crescer mais, queremos ser um país onde a transparência seja de facto efetiva", disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, em declarações à Rádio de Cabo Verde, apontando como meta colocar o país nos lugares cimeiros da lista.

O governante recordou que, em 2016, foram realizadas três eleições em Cabo Verde, designadamente as legislativas, as autárquicas e as presidenciais, consideradas justas e transparentes.

“As instituições da República, os tribunais, a legislação à volta do processo eleitoral funcionaram pelo que temos agora que melhorar também em outras áreas para podermos crescer ainda mais”, sublinhou.

Fernando Elísio Freire adiantou que, nesse sentido, o Governo está a trabalhar, entre outros aspetos, numa nova lei do Tribunal de Contas “para aumentar o nível de prestação de contas do Estado e de utilização de dinheiro público”.

“O Governo vai montar um sistema cada vez mais transparente de gestão pública, tudo isso para que possa de facto ser um país de democracia plena e completamente transparente”, acrescentou.

A nível geral, o relatório deste ano, com o subtítulo “O círculo vicioso da corrupção e da desigualdade tem de ser combatido”, dá conta de que “a ascensão dos políticos populistas em muitos países é um sinal de alerta”.

Sublinha que quase 70 porcento dos 176 países analisados têm uma pontuação inferior a 50, numa escala de 0, percecionados como altamente corruptos, a 100, percecionados como muito ‘limpos.

O Índice de Perceção da Corrupção de 2016 é liderado pela Dinamarca, seguida pela Nova Zelàndia, pela Finlândia, pela Suécia e pela Suíca.

-0- PANA CS/DD 27jan2017