Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde sob “vigilância apertada” para prevenir entrada da dengue

Praia, Cabo Verde (PANA) – A capital cabo-verdiana está sob “vigilância apertada” para impedir a entrada da dengue, face ao aumento de casos da doença no Brasil e ao aproximar da época das chuvas no arquipélago, apurou a PANA sexta-feira de fonte sanitária.

A advertência feita pelo médico Domingos Teixeira, delegado de Saúde na cidade da Praia, deve-se ao facto de a cidade da Praia ter ligação directa com Fortaleza, no Brasil, país onde foi declarada uma epidemia de dengue, uma doença viral propagada através de um mosquito.

Em 2009, o arquipélago foi afetado por uma epidemia de dengue com o surgimento de mais de 20 mil casos suspeitos e quatro óbitos por complicações resultantes da febre hemorrágica que a doença provoca quando não for tratada atempadamente.

Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde de Cabo Verde, 78 porcento dos casos da dengue, nesse ano, foram registados na ilha de Santiago, sendo a maior parte dos casos na cidade da Praia, o principal centro urbano do arquipélago.

Por isso mesmo, as orientações das autoridades sanitárias da capital vão no sentido de se reforçar as ações contra a proliferação dos mosquitos transmissores e a manutenção de uma vigilância “bem forte” nos casos com suspeitas clínicas, como forma de permitir um diagnóstico rápido e consequente tratamento.

Igualmente, vai ser reforçada a vigilância nos pontos de entrada para, na medida do possível, evitar que essa doença importada de outras paragens cheguem a Cabo Verde, nomeadamente, à cidade da Praia.

Campanhas de sensibilização das pessoas vão continuar através dos diversos meios, para fazer face à ameaça da dengue, doença propagada pelo mosquito "Aedes aegypti" e provoca febres altas, dores de cabeça e dores nas articulações, podendo tornar-se hemorrágica e mortal.

O delegado e primeiro responsável da maior região sanitária do arquipélago revelou que, para além da dengue, existe a preocupação com doenças próprias da época quente, como as doenças diarreicas e possíveis surtos de gripe, que costumam aumentar, sobretudo, quando chove no arquipélago.

-0- PANA CS/IZ 22maio2015