Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde sem registo de casos autóctones de paludismo

Praia, Cabo Verde (PANA) – Nenhum caso autóctone de paludismo foi registado nos primeiros quatro meses de 2016 em Cabo Verde, anunciou à imprensa o diretor do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo, António Moreira.

Em declarações à imprensa, no quadro do Dia Mundial de Luta contra o Paludismo, António Moreira disse que seis doentes tratados nesse período são pessoas que viajaram para o arquipélago cabo-verdiano, já infetadas pelo mosquito transmissor da doença.

Garantiu que o país tem vindo a trabalhar “com força" no sentido de dar resposta ao repto da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação do paludismo até ao ano de 2020.

António Moreira recordou que, em Cabo Verde, de acordo com a OMS, já se regista menos um caso de paludismo por cada mil habitantes, referindo-se apenas aos casos locais ou seja autóctones.

“Com estes dados, podemos afirmar que estamos a melhorar ano por ano com intervenções que temos vindo a fazer nos principais focos da proliferação do mosquito e na sensibilização da população”, precisou.

Segundo o diretor do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo, o país foi confrontado, em 2015, com sete casos autóctones e 21 casos importados de vários países endémicos, sobretudo Angola, o Congo, o Senegal e a Guiné-Bissau.

Segundo ele, o Ministério da Saúde, independentemente dos casos registados, tem vindo a reforçar a vigilância epidemiológica ativa para fazer acompanhamento de casos importados, bem como um serviço de consulta de viajantes, o que tem contribuído para a diminuição dos casos.

“Há todo um trabalho que está sendo feito, internamente, para controlar os mosquitos que permitem a transmissão local. A nossa luta não é apenas contra os viveiros, mas também contra larvas e o vetor”, afirmou aquele responsável sanitário.

António Moreira anunciou ainda que Cabo Verde está a trabalhar o mapeamento dos viveiros existentes no país, através do sistema de informação geográfica, GPS, com base numa abordagem geográfica com informação a tempo real.

Este trabalho, que está sendo realizado com a parceria do Instituto Nacional e Gestão do Território, deve terminar no fim deste mês de abril, precisou.

“Vamos começar por Praia, com uma experiência de quatro semanas, e depois vamos alargar ao resto do país. Este processo irá ajudar o país não só numa intervenção mais capaz a nível de viveiros, bem como em termos de poupança de materiais e custos financeiros", concluiu.

-0- PANA CS/DD 25abril2016