Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde regista em janeiro 40 óbitos devidos ă covid-19

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde já  registou, durante o mês de janeiro, um total de 40 óbitos devidos à covid-19, dos quais 15 na última semana, anunciiu segunda-feira o diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto.

Numa conferência de imprensa, segunda-feira na cidade da Praia, sobre o balanço semanal da evolução da pandemia no arquipélago, Barreto explicou que as vitimas mortais são maioritariamente pessoas idosas, com mais de 60 anos de idade, que tinham outros problemas de saúde e que viram a sua situação complicar-se com o vírus. 

“Neste momento, nós temos um total de 391 óbitos devido à covid-19 que dá uma taxa de letalidade de 07 por cento”, precisou o responsável, acrescentando que os 15 óbitos registados na semana finda são pessoas com uma média de 78 anos de idade, sendo que 53 por cento era do sexo feminino.

Sete destas 15 pessoas falecidas tinham doenças no aparelho circulatório, entre as quais a hipertensão arterial ou doença cardíaca ou alguma outra doença que afeta o sistema circulatório, o que corresponde a 46,6 por cento, segundo o diretor naciinal de Saúde.

Três eram diabéticos e quatro tinham outras comorbidades, ou seja, outras situações que também deixaram a sua saúde mais debilitada, disse.

“Portanto estes óbitos continuam a mostrar-nos que as pessoas mais acometidas são aquelas com 60 ou mais anos de idade e, sobretudo, pessoas que têm outros problemas de saúde, nomeadamente a hipertensão arterial ou diabetes ou alguma outra doença cardíaca, ou ainda pessoas que têm antecedentes de cancro e uso abusivo de álcool”, salientou.

No entanto, o diretor nacional de Saúde  assinalou que Cabo Verde melhorou em todos os indicadores, relativamente à covid-19, nos últimos 14 dias, embora, frisou, as taxas continuem superiores ao desejado.

Jorge Barreto informou que, de 10 a 23 de janeiro corrente, o país assinalou uma taxa de positividade de 25,4 por cento, ou seja, disse, uma redução relativamente ao mesmo período anterior, que foi de 32,5 por cento.

Entretanto, alertou que, apesar desta ligeira diminuição, a taxa de positividade continua "muito acima" do considerado desejado, que é inferior a quatro oor cento.

No período em análise, o diretor nacional de Saúde indicou que a taxa de transmissibilidade (RT) foi de 0,43 por cento, indicando uma "situação de melhoria", em termos do número de novos casos de infeção pelo novo coronavírus, comparativamente aos finais de 2021 e ao início deste ano, em que bateu todos os recordes de novos infetados, com o máximo de 1.469 a 07 de janeiro.

"Parece-nos também que a transmissão da Ómicron e das outras variantes que possam estar aqui a circular esteja a diminuir. Isso pode ser um bom sinal, embora ainda a situação requeira muita atenção e muita precaução por parte das pessoas", aconselhou.

Ainda, segundo o também porta-voz do Ministério da Saúde, nos últimos 14 dias, a taxa de incidência acumulada foi de 891 casos por 100.000 habitantes, enquanto, no mesmo período anterior, foi de 1.990 por 100.000 habitantes.

"Também há aqui sinais de alguma melhoria, embora ainda a taxa de incidência se encontre muito acima de 150 casos por 100.000 habitantes", notou Jorge Barreto, para quem é preciso continuar a respeitar as medidas de prevenção para o país prosseguir com a melhoria da sua situação epidemiológica.

Nas últimas 24 horas, de um total de 709 resultados recebidos, foram encontrados mais 95 casos novos positivos, representando uma taxa de positividade de 13,4 por cento.

As autoridades de saúde cabo-verdianas registaram ainda 467 casos curados e mais dois óbitos em Santiago, sendo um em Santa Catarina e outro em Santa Cruz.

Desde o início da pandemia, Cabo Verde registou um total de 55.401 casos positivos acumulados, dos quais 53.915 curados, 391 óbitos, sendo 15 na última semana.

Assim sendo, o país passa a contabilizar 1.053 casos ativos, 33 óbitos por outras causas e nove transferidos.

Relativamente à campanha de vacinação, diretor nacional de Saúde avançou que o país já imunizou mais de 313.000 adultos com a primeira dose, ultrapassando 80 por cento, e que 71,9 por cento já tomaram as duas doses, correspondendo a cerca de 256.000 pessoas.

Até a este momento, 29.000 pessoas já tomaram a dose de reforço, representando oito por cento do total de adultos estimados, e 70,2 por cento dos cerca de 60.000 adolescentes dos 12 aos 17 anos de idade também já receberam a primeira dose de vacinas, representando 41.000 pessoas.

-0- PANA CS/DD 25jan2022