Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde introduz vacina contra cancro de colo do útero

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde vai introduzir brevemente a vacina contra o cancro do colo do útero nos adolescentes,  anunciou segunda-feira o ministro da Saúde e Segurança Social do arquipélago, Arlindo de Carvalho.

A vacina contra infeções provocadas pelo vírus do papiloma humano (HPV) reduz a incidência do cancro do colo do útero e vulva nas mulheres, mas  também previne o cancro do pénis, do ânus, das verrugas genitais, da boca e da orofaringe.

As vacinas contra o HPV estão aprovadas em mais de 130 países.

Segundo Arlindo de Carvalho, o seu Ministério está a organizar o financiamento para esta cobertura vacinal, em Cabo Verde, onde o custo da vacinação é suportado pelo Governo, já que o país não faz parte da Aliança da Vacinação Mundial.

“Em termos de resultados efetivos, é um custo que vale a pena suportar, pelo que estamos a trabalhar e ver as implicações em termos de financiamento para equacionar a introdução do HPV dentro do calendário vacinal, sobretudo para os adolescentes”, precisou.

Na sua declaração, o governante anunciou que estão a ser feitos estudos e diversos cenários possíveis, já que o impacto orçamental “será reforçado”.

Destacou que, no caso do colo do útero, o custo “é o mínimo face às implicações” que este tipo de cancro tem para o país, e a ajuda que a vacinação dará para salvar vidas e prevenir a doença.

O estudo em elaboração vai permitir traçar  todo o cenário a ser seguido para se poder escolher o grupo alvo, as modalidades de introdução e o custo total, disse.

Sublinhou que Cabo Verde se destaca em relação aos outros países da sub-região pela excelente cobertura vacinal, que ultrapassa os 95 por cento considerado pela OMS “taxa extremamente boa”.

“Cabo Verde não faz parte do grupo da aliança mundial para a vacina (GAV) e daí que a vacina tem um custo relativamente alto, mas este custo é suportado pelo Estado, que gasta anualmente cerca de 40 mil contos (cerca de 363,6 mil euros) com a vacinação", afirmou.

O governante salienta ainda que resultados efetivos obtidos indicam que se trata de "um custo que vale a pena suportar".

Desde 2015, vêm sendo introduzidas gradualmente, em Cabo Verde, vacinas no calendário vacinal e esta ação traduz-se em ganhos, nomeadamente, na redução da mortalidade infantil e na eliminação de determinadas doenças preveníeis pela vacinação.

-0- PANA CS/IZ 23abril2019