Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde espera arrecadar € 4,2 milhões com taxa turística

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo de Cabo Verde espera arrecadar, no próximo ano, 475 milhões de escudos (4,2 milhões de euros) em receitas da taxa paga obrigatoriamente pelos turista que visitam o país, apurou a PANA de fonte oficial.

Esta previsão, que consta do documento de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2022, submetida à Assembleia Nacional (Parlmento), é o dobro do encaixe financeiro do ano em curso, mas ainda é metade do de 2019, antes da pandemia da covid-19.

O montante a arrecadar no próximo ano representa 0,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), esperado para 2022, e representa um aumento de 91,6 por cento face ao encaixe previsto para 2021, que é de 248 milhões de escudos (2,2 milhões de euros).

Em 2020, com a pandemia da covid-19 e o início, em março, da aplicação de várias restrições às ligações internacionais, as receitas com a Contribuição Turística caíram 70,1 por cento para 297 milhões de escudos (2,6 milhões de euros).

O pico histórico foi de 992 milhões de escudos (8,9 milhões de euros), arrecadados em 2019, então com um recorde de 819 mil turistas a visitarem Cabo Verde.

Apesar da progressiva retoma turística, no início do ano em Cabo Verde, essencialmente na ilha do Sal, a receita obtida com esta taxa, de janeiro a julho manteve-se em níveis praticamente residuais, representando uma taxa de execução de 11,8 por cento do valor esperado pelo Governo para todo o ano.

O período de janeiro a julho (Inverno) é a época habitualmente de maior procura por parte dos turistas europeus. mas esse cenário não se repetiu, em 2020/2021, devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19.

Com as restrições de viagens e confinamentos em vários países europeus, a procura turística pelas ilhas cabo-verdianas foi praticamente inexistente, no primeiro semestre, tal como acontece desde março de 2020, devido à pandemia.

A taxa turística foi introduzida pelo Governo cabo-verdiano, em maio de 2013, com todas as unidades hoteleiras e similares obrigadas a cobrar 220 escudos (dois euros) por cada pernoita até 10 dias, a cada turista com mais de 16 anos.

As receitas revertem para a realização de obras de reabilitação dos municípios que permitam melhorar a atratividade turística, bem como a promoção do destino, formação profissional, proteção do ambiente e segurança, entre outras.

O setor do turismo garante 25 por cento do PIB e do emprego em Cabo Verde.

-0- PANA CS/IZ 14nov2021