Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde e Angola criam grupo de trabalho para definir roteiro de cooperação

Praia, Cabo Verde (PANA) – Os governos de Cabo Verde e de Angola decidiram, terça-feira, na cidade da Praia, criar um grupo de trabalho que terá por funções avaliar e definir um roteiro de cooperação entre os dois países, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte diplomática.

Em conferência de imprensa, para fazer o balanço da visita da secretária de Estado da Cooperação de Angola, Ângela Bragança, o seu homólgo cabo-verdiano, José Luís Rocha, explicou que o roteiro a ser definido incluirá, para além das visitas políticas, reuniões técnicas, tendo em vista o estabelecimento de uma parceria estratégica entre os dois países.

“Acreditamos que Cabo Verde e Angola têm todas as condições para ter uma parceria estratégica e, é por isso, também, que nós chegamos à conclusão de que deveremos trabalhar no sentido da transformação da atual comissão mista num instrumento de consultas bilaterais com uma dimensão política de impulsionamento destas relações”, precisou .

Frisou que as relações entre Cabo Verde e Angola deverão continuar no plano institucional e governamental, mas sobretudo, no plano da cooperação económica e da internacionalização de empresas.

Por sua vez, Ângela Bragança considerou que a visita de cinco dias que acaba de realizar ao arquipélago cabo-verdiano foi “bastante proveitosa” uma vez que, disse, permitiu relançar o roteiro da cooperação, baseado nas “excelentes” relações históricas existentes entre os dois países, o que, a seu ver, irá perspetivar novas parcerias.

Explicou que, durante as análises do estado da cooperação entre os dois países, as duas partes acharam necessário dar-se corpo a este “roteiro histórico”, introduzindo um conteúdo que permita relançar “alguns ativos no percurso entre os nossos dois povos”.

Neste sentido, ela anunciou que vão ser introduzidas, sobretudo, as grandes ações de desenvolvimento que os dois países têm e os seus pontos de contactos comuns.

A governante angolana disse ser preciso saber agora como fazer evoluir “a ação dos nossos empresários, das nossas instituições”, de modo a introduzir maior objetividade na ação de cooperação ebilateral.

Neste quadro, ela fez saber que dezenas de acordos vão ser revisitados e atualizados, precisamente para o relançamento da cooperação.

-0 – PANA CS/DD 01mai 2013