Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde considera “muito grave” crise na Guiné-Bissau

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo de Cabo Verde considerou esta segunda-feira  como “muito grave” a crise por que passa a Guiné-Bissau, sublinhando que acompanha a situação com “muita preocupação”.

Em declarações  à imprensa, na cidade da Praia, o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros,  Luís Filipe Tavares, explicou que, enquanto integrante do Grupo P5, que inclui parceiros como União Africana, União Europeia, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a CEDEAO, Cabo Verde tem estado a debruçar-se sobre a missão desta última para mediação naquele, na Guiné-Bissau.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana revelou que, esta segunda-feira, trocou uma mensagem verbal com o seu homólogo do Níger, enquanto presidente do Conselho de Ministros da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), com quem esteve, na semana passada, no Principado do Mónaco.

O governante considerou de “muito grave” aquilo que se está a passar naquele país lusófono vizinho, e afiançou que o Grupo P5 vai acompanhar o desenrolar dos acontecimentos “na certeza de que os protagonistas todos saberão pôr o interesse do país acima de tudo”.

A Guiné-Bissau está mergulhada numa crise política institucional, com o chefe de Estado, José Mário Vaz, a demitir o Governo  chefiado por Aristides Gomes, saído das eleições legislativas de marco passado, e a nomear um novo Governo, liderado por Faustino Imbali.

No entanto, Aristides Gomes e o seu Governo mantêm-se em funções e contam com o apoio de grande parte da comunidade internacional que o reconhece como o “único e legitimo” na Guiné-Bissau e a quem pede  continuidade da organização  das eleições presidenciais marcadas para 24 do corrente.

Com o país já em plena campanha eleitoral para as presidenciais, uma missão da CEDEAO chegou a Guiné-Bissau para mediar a crise no país.

-0- PANA CS/IZ 04nov2019