Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde considera como base da sua política externa reforço de relações com UE

Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse, segunda-feira, na cidade da Praia, que o reforço das relações com a União Europeia (UE) deve ser o eixo central da política externa do país, apurou a PANA de fonte segura.

Em declarações à imprensa à margem do segundo e último dia do Encontro dos Chefes de Missão Diplomática e Postos Consulares que decorre na cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva sublinhou que Cabo Verde quer também manter relações fortes com os Estados Unidos, a China, o Brasil, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Recordou que o arquipélago cabo-verdiano tem, com a UE, um historial de relações comerciais de investimentos e do turismo que quer reforçar, motivo, a seu ver, para se querer adotar a parceria existente com novos eixos de investimentos, de emprego e de crescimento.

Explicou que esses eixos devem estar virados, “essencialmente”, para a atração de investimentos diretos estrangeiros, para apoiar reformas institucionais, nomeadamente da justiça.

O primeiro-ministro cabo-verdiano admitiu também a necessidade de reforçar a diplomacia cabo-verdiana no Reino Unido, principal mercado emissor de turistas mas que vai deixar de pertencer à União Europeia.

Ulisses Correia e Silva disse, no entanto, que não está em perspetiva a abertura de uma representação diplomática cabo-verdiana no país e que esse reforço terá que ser feito com um embaixador não residente e com um cônsul honorário.

O chefe de Governo adiantou ainda que "será feita uma ação de marketing institucional muito forte no Reino Unido com a participação de membros do Governo e também com as câmaras de comércio e turismo para fazer face ao ruído.

O primeiro-ministro cabo-verdiano admitiu a necessidade de se reforçar a diplomacia cabo-verdiana no Reino Unido, principal mercado emissor de turistas e donde têm surgido repetidos alertas sobre a insegurança e doenças transmissíveis em Cabo Verde.

Ulisses Correia e Silva disse, no entanto, que não está em perspetiva a abertura de uma representação diplomática cabo-verdiana no país e que esse reforço terá que ser feito com um embaixador não residente e com um cônsul honorário.

"Abrir uma nova embaixada não, mas ter um embaixador não residente. Estamos em processo de nomeação de um cônsul honorário que possa ser também um elemento de ligação mais estreita com Cabo Verde" disse.

O chefe de Governo adiantou ainda que "será feita uma ação de marketing institucional muito forte no Reino Unido com a participação de membros do Governo e também com as câmaras de comércio e turismo para fazerem face aos ruídos da existência de vários fatores inibitivos da escolha de Cabo Verde por parte de turistas britânicos.

O Reino Unido emitiu em finais de junho último um novo alerta aos viajantes desejosos de se deslocar a Cabo Verde, destacando a insegurança e doenças transmissíveis por mosquitos, como o vírus Zika, aspetos também destacados por alguma comunicação social inglesa.

O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde, representando 21 porcento de cerca de 195 mil turistas que entraram no país no primeiro trimestre de 2017.

-0- PANA CS/DD 04julho2017