Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde com índice de cobertura de saúde à volta de 69 %, diz Governo

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde tem um índice de cobertura de Saúde à volta de 69 por cento, uma taxa que coloca o país muito bem posicionado a nível do continente africano, onde ele é apenas superado por países como a Argélia, a Líbia e as ilhas Seicheles, anunciou segunda-feira o diretor nacional da Saúde de Cabo Verde, Jorge Noel Barreto.

Em declarações à imprensa para falar sobre a cobertura universal da saúde, no dia em que se assinalou a data a nível mundial, sob o lema “Construir o mundo que queremos: um futuro saudável para todos”, Jorge Noel Barreto reconheceu que a indicação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que os países consigam 100 por cento.

Explicou que são precisos muitos esforços para se atingir esta escala.

“Nós estamos em 69 por cento. Falta um caminho a percorrer, mas temos de ter a noção do que queremos de acordo com o perfil epidemiológico do país, que já existe”, disse Jorge Barreto.

Acrescentou que o caminho está a ser traçado e que existem instrumentos para tal, nomeadamente o programa do Governo, o programa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o do Ministério da Saúde, o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário, como ferramentas de trabalho para cuja implementação faltam apenas recursos suficientes disponíveis para se lá chegar.

“Em relação à cobertura para a saúde, o Governo tem espelhado no seu programa para esta legislatura várias iniciativas e estratégias que irão culminar na melhoria da prestação de cuidados e da capacidade de resposta”, frisou.

A seu ver, estas medidas irão ajudar o país a melhorar o seu índice da cobertura universal da saúde.

Por sua vez, o representante da OMS no país, Daniel Kertesz, considerou que o sistema de saúde em Cabo Verde é “muito forte”, ressaltando que, no país, haverá sempre desafios a vencer.

“Cabo Verde tem um sistema de saúde muito forte e a população tem acesso a um pacote mínimo de serviço de saúde. E as pessoas moram a menos de 30 minutos de um centro de saúde”, regozijou-se o representante da OMS.

Sublinhou que, em arquipélagos como o cabo-verdiano, formado por ilhas, há sempre desafios a vencer, sobretudo, na área de recursos humanos para que todos possam ter acesso ao serviço de saúde.

Segundo ele, os desafios são ainda a nível do controlo de fatores de risco para doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias, visto que o país é o terceiro a nível da África com a taxa de doenças cardiovasculares mais alta.

“A saúde mental é também uma prioridade e faz parte da nossa luta contra as doenças não transmissíveis, sobretudo, com a saída da pandemia já que teve efeito muito nefasto na saúde mental das pessoas a nível mundial”, acrescentou.

Neste processo, afirmou que o apoio da OMS a Cabo Verde se baserá na formação dos profissionais da saúde, no desenvolvimento do setor e nas normas para que os governantes melhorem políticas na área da saúde.

-0- PANA CS/DD 13dez2022