Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde capacita quadros sobre “Governança e políticas de segurança alimentar”

Praia, Cabo Verde (PANA) – A capital cabo-verdiana, Praia, desde quinta-feira, um seminário de capacitação sobre “Governança e políticas de segurança alimentar”, destinada aos membros do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), representantes dos setores da saúde e educação, das câmaras municipais e da sociedade civil.

Na abertura do seminário, a ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, sublinhou que a segurança alimentar é uma questão transversal que depende de vários setores e requere uma ampla base de concertação que envolve o Governo, autarquias locais, sociedade civil e o setor privado.

Eva Ortet frisou também que a problemática da segurança alimentar é uma questão que abrange vários setores desde a agricultura, pecuária, pescas, comércio, transformação, transportes, educação, saúde e emprego.

Por isso, disse, constitui um “desafio de gerações”, cujo equacionamento reclama a responsabilização de todos e requer uma ampla base de concertação e de sinergias.

Eva Ortet anotou que, “apesar da crise económica de 2008, devemos destacar as iniciativas dos diferentes intervenientes a nível regional, sub-regional e internacional face à dura realidade onde cerca de 870 milhões de pessoas sofrem de subnutrição e 250 milhões encontram-se no limiar da fome”.

A governante cabo-verdiana considera que a situação “é preocupante e poderá agravar-se ainda mais” tendo em conta os fenómenos resultantes das mudanças climáticas.

Também o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, entidade que financia o seminário, disse esperar que os resultados desta ação de formação possam contribuir para a melhoria das condições de vida das populações do arquipélago, sobretudo as mais vulneráveis.

Segundo ele, a problemática da segurança alimentar foi sempre uma das maiores preocupações de Cabo Verde, devido à escassez dos recursos naturais, sobretudo a terra, a água, e das condições agrometeorológicas, de um modo geral.

“Esses fatores têm tornado o país estruturalmente dependente de fontes externas para o abastecimento dos produtos alimentares, e, por isso, a questão da segurança alimentar foi sempre considerada uma prioridade nas grandes orientações políticas de desenvolvimento do país, e tem sido assumido de forma inovadora pelos sucessivos governos”, precisou.

Para o representante da FAO, o CNSAN tem proporcionado tmbém a ampliação do acesso ao saneamento básico, à água potável e à melhorias de condições básicas necessárias para o acesso ao alimentos e o pleno alcance da segurança alimentar e nutricional.

-0- PANA CS/IZ 19junho2015