Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde alarga interdição dos voos de Itália devido ao Covid-19

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde anunciou, esta terça-feira, o alargamento, até 30 de abril próximo,  da interdição dos voos de Itália para o arquipélago, que inicialmente devia vigorar durante três semanas, com efeitos a partir de 27 de fevereiro passado.

Falando durante a apresentação de um plano nacional de contingência para prevenção e controlo do Covid-19, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, recordou que a interdição de voos para Itália foi tomada em tempo útil e oportuno, tendo em conta a prevalência de casos neste país europeu.

O chefe do Governo cabo-verdiano adiantou que as autoridades irão continuar a fazer a avaliação da situação da epidemia em Itália para saber que decisão tomar após este novo período de interdição dos voos.

O Governo italiano anunciou quarentena em todo o país, a partir desta terça-feira, como medida para conter a propagação do surto, que já matou 463 pessoas e infetou quase oito mil no país.

A resolução governamental que interditou os voos da Italia, recordou, na altura, que Cabo Verde tem ligações diárias áreas com aquele país europeu e que dele recebe anualmente 30 mil turistas, com uma média de estadia de seis dias, sobretudo nas ilhas do Sal e da Boa Vista.

Por outro lado, é também sublinhado que o Turismo contribui com cerca de um quinto da riqueza nacional criada e com 23 por cento dos postos de trabalho.

Ulisses Correia e Silva anunciou que, relativamente a outros países com casos da doença e onde há também um fluxo grande e permanente de transporte direto para Cabo Verde, nomeadamente Espanha, França e Portugal, será mantida a “triagem e vigilância apertadas” no aeroportos.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro passado, na China, e, desde então, foram infetadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou.

A doença provocou até ao momento cerca de três e 800 mortos, em todo o Mundo.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se no caso mais grave de epidemia fora da China, estando neste momento com cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no norte do país.

-0- PANA CS/IZ 10março2020