Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde advoga viragem no relacionamento entre EUA e África

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, disse esperar que a Cimeira Estados Unidos da América (EUA)-África, aberta esta quarta-feira em Washington, represente uma viragem no relacionamento entre as duas partes, soube-se de fonte oficial.

Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), a partir de Washington, onde se encontra desde segunda-feira, o Presidente Jorge Carlos Fonseca, disse que na sua intervenção, durante o diálogo interativo, vai falar de uma África em franco progresso e com aspirações de ser uma parceria estratégica sólida e eficiente para os EUA.

“Neste momento temos uma África com desenvolvimento, onde a democracia e o respeito pelos direitos humanos, o desenvolvimento inclusivo e a equidade do género fazem parte do vocabulário das aspirações das lideranças africanas”, adiantou.

Para o chefe de Estado cabo-verdiano, trata-se de “uma África que pode ser uma parceira estratégica sólida, eficiência e igualitária”.

O Presidente Jorge Carlos Fonseca adiantou que uma outra ideia que vai defender na cimeira é a de que as trocas comerciais e o investimento são “muito importantes” no relacionamento entre África e os EUA, pelo que devem ser vistos como instrumentos para o desenvolvimento dos países africanos.

Ele considera, no entanto, que na busca para o desenvolvimento deve-se sempre ter em conta o desenvolvimento das pessoas, defendendo a criação de condições para que com autonomia o continente africano possa proporcionar bem-estar e progresso efetivo de todas as Africanas e de todos os Africanos.

“Para isso, é importante investir na educação, na capacitação das pessoas, na capacitação técnica e na formação profissional, no fortalecimento das organizações da sociedade civil, nas lideranças juvenis e das mulheres, num contexto de afirmação da democracia e do Estado de direito”, afirmou.

A cimeira convocada pelo Presidente norte-americano, Barak Obama, conta com a participação de mais de 40 chefes de Estado e do Governo africanos, bem como da presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma.

O objetivo central desta iniciativa de Barak Obama, o primeiro chefe de Estado negro dos EUA de origem africana, é reforçar os laços históricos, culturais, económicos e políticos entre os Estados Unidos e o continente africano, bem como analisar as perspetivas de relançamento e de novas formas de cooperação, a longo termo, para o desenvolvimento de África nas áreas das finanças, do investimento, do comércio e da segurança, entre outras.

-0- PANA CS/TON 06agosto2014