Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde adverte contra divulgação de falsas informações sobre coronavírus

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo cabo verdiano advertiu que os veículos de informação, no país, que publicarem falsas informações neste momento de estado de contingência ou de outro que vier a ser declarado, devido ao coronavírus, podem ser responsabilizados judicialmente.

Através de uma nota enviada aos meios de comunicação social, o Executivo cabo-verdiano diz que todas as instâncias do Estado têm trabalhado com “total transparência” em relação aos eventos afetos à pandemia Covid-19 e os efeitos, em Cabo Verde.

“A informação é o pilar principal de uma estratégia de sucesso no combate a uma pandemia como o coronavírus. A desinformação, por outro lado, é extremamente prejudicial a todos e pode causar danos à toda a sociedade”, anotou.

O Governo reconhece também  que os órgãos de comunicação social, públicos e privados, são e têm sido “parceiros fundamentais” no combate ao Covid-19.

No comunicado, o Executivo cabo-verdiano frisou que as comunicações fazem-se a nível político através do primeiro-ministro, Ulisses Correia, e outros membros do Governo, para o efeito indicados.

Fez saber ainda que, a nível técnico e operacional, as comunicações para os órgãos de comunicação social são feitas pelo Gabinete de Comunicação e Imagem do Governo e do Ministério da Saúde e Segurança Social e também pela Direção Nacional de Saúde, sobre assuntos relativos a casos de Covid-19 e sobre a doença e a sua prevenção.

A nota anuncia, igualmente, que o  Ministério da Administração Interna (MAI) e o Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC) farão comunicações sobre medidas e informações relacionadas com a proteção, a vigilância e o cumprimento das restrições impostas no quadro do estado de contingência ou de outro que vier a ser declarado.

Chama a atenção aos cidadãos em geral que as informações que não sejam confirmadas pelas entidades indicadas, relativas à pandemia do Covid-19, em Cabo Verde, não devem ser tidas como verdadeiras e não merecem crédito.

A publicação de informações oriundas de ditas “fontes não oficiais” por parte dos veículos de comunicação, sem a devida confirmação com as entidades competentes, alertou, “é uma prática danosa à sociedade, pois pode causar confusão e pânico num momento em que é preciso que a população aja com calma e serenidade”.

Os serviços públicos estão a limitar os atendimentos presenciais, remetendo os utentes para contactos telefónicos ou via email como forma de reduzir o contacto pessoal e evitar a propagação da Covid-19, doença provocada pelo coronavírus.

Também são vários os serviços que estão a deixar avisos nas portas e nas suas páginas de redes sociais, informando as pessoas da redução dos atendimentos presenciais como são os casos do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), dos Correios, das operadoras de telecomunicações, dos bancos, entre outros.

As medidas já vinham sendo tomadas desde que o Governo anunciou a situação de contingência nacional, antes mesmo do surgimento dos casos de Covid-19, e que agora estão ser redobradas com a confirmação dos três primeiros testes positivos.

Os três casos positivos foram registados, na ilha turística da Boa Vista que foi, de imediato, colocada em quarentena e isolada do resto do arquipélago, ate 04 de abril próximo.

-0- PANA CS/IZ 23março2020