Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde adquire 2,6 milhões de máscaras até 20 de maio

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde espera adquirir, até 20 de maio corrente, através de compras e donativos, mais de 2,6 milhões de máscaras cirúrgicas para distribuir por profissionais de saúde e efetivos policiais, militares e da proteção civil, apurou a PANA de fonte oficial.

Este anúncio foi feito pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, em declarações aos jornalistas, terça-feira, na cidade Praia. 

O governante falava à margem de uma visita à Confeções Alves Monteiro, fábrica, na cidade da Praia, que está a produzir seis mil máscaras comunitárias por dia.

O primeiro-ministro explicou que o ‘stock’ esperado de máscaras cirúrgicas a ser distribuídas por esses profissionais de risco representa um número quase cinco vezes superior à população do arquipélago, que ronda os 550 mil habitantes.

“A máscara vai passar a ser uma peça de indumentária. Assim como vestimos todos os dias camisa, calças, vamos ter também a máscara como uma peça de vestuário, para proteção individual, de cada um e dos outros”, afirmou Ulisses Correia e Silva.

O uso de máscara passou a ser obrigatório em todo o país, como medida de proteção social, no atendimento ao público em empresas estatais e privadas.

Neste sentido, o governante garantiu que, sendo agora de uso obrigatório, o Estado vai fornecer máscaras, gratuitamente, às populações mais carenciadas.

“Vai fazer parte quase da cesta básica, para as famílias carenciadas que estão identificadas no cadastro social único e também para pessoas cuja idade seja superior a 65 anos e que tenham algum problema de saúde crónico”, reafirmou Ulisses Correia e Silva.

No final da visita àquela unidade fabril, que já tinha produzido nos últimos dias máscaras e lençóis para os hospitais, a pedido do Ministério da Saúde, o chefe do Governo cabo-verdiano apontou a criação, em abril, de um quadro legal favorável a esta produção local de mácaras, com incentivos e isenções fiscais, para baixar o preço de venda.

Segundo ele, a capacidade de produção de máscaras, em Cabo Verde, está a evoluir a “bom ritmo”.

De acordo com dados por ele avançados, empresas na Praia (Santiago) e na ilha de São Vicente “já manifestaram interesse e estão a arrancar com a produção” de máscaras comunitárias, o que obriga a um processo de certificação.

Para o efeito, as máscaras comunitárias produzidas, em Cabo Verde, têm de ser entregues pelas fábricas à empresa estatal Emprofac, que assume a competência exclusiva de distribuição, colocando-as à venda em supermercados, postos de combustíveis ou nos correios.

A medida, que entrou em vigor, esta quarta-feira, sendo válida durante o período da pandemia de covid-19, consta de uma portaria conjunta de 05 de Maio, dos Ministérios da Indústria, Comércio e Energia, e da Saúde e Segurança Social, que aprova o circuito da comercialização de máscaras não médicas, de uso social ou comunitárias.

-0- PANA CS/IZ 07maio2020