Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde acompanha com preocupação atentados na capital do Burkina Faso

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde manifestou sábado a sua preocupação face aos atentados terroristas de sexta-feira passada, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, e anunciou estar a acompanhar o evoluir da situação neste país-membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Em declarações à imprensa, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, reconheceu que a sub-região oeste-africana é de alguma “turbulência e instabilidade” e que os atentados da capital burkinabé representam mais uma tarefa a ser enfrentada pelas autoridades políticas da CEDEAO.

“É uma situação que vou acompanhar”, disse Jorge Carlos Fonseca, recordando que vai haver, proximamente, uma cimeira extraordinária da CEDEAO dedicada à análise desta situação.

Também o Governo cabo-verdiano anunciou, em comunicado de imprensa, estar em ligação com os canais diplomáticos para assegurar a integridade dos cidadãos nacionais que se encontram em Ouagadougou, bem como o seu regresso a Cabo Verde com a maior brevidade possível.

A capital do Burkina Faso foi alvo, sexta-feira, 02, de uma série de ataques registados perto do gabinete do primeiro-ministro, da Embaixada de França, do Escritório da ONU e da sede do Exército do país, em Ouagadougou, que resultaram em dezenas de mortos e feridos.

De acordo com a imprensa internacional, várias testemunhas oculares no local deram conta de que o ataque foi realizado por um grupo de homens armados, com o rosto coberto.

Os serviços de informações do Governo do Burkina Faso avançaram em comunicado que oito atacantes foram abatidos.

Ao longo dos últimos anos, a capital do Burkina Faso tem sido frequentemente alvo de ataques jihadistas, nomeadamente contra locais frequentados por cidadãos ocidentais.

Em agosto de 2017, dois atacantes mataram 19 pessoas e feriram 21 outras num ataque a um restaurante localizado na principal avenida de Ouagadougou.

A situação é particularmente tensa no norte do Burkina Faso, onde os ataques perpetrados por grupos jihadistas são constantes. Desde 2015, pelo menos 133 pessoas morreram em cerca de 80 ataques.

-0- PANA CS/IZ 04 março2018