Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde acolhe reunião de organização regional de luta contra o doping no desporto

Praia, Cabo Verde (PANA) – A capital cabo-verdiana acolhe, nos dias 26 e 27 deste mês, uma reunião do Conselho da Organização Regional da Antidopagem (ORAD), envolvendo 10 países das Zonas II e III do Desenvolvimento do Desporto em África, para afinar estratégias comuns de combate ao doping no desporto.

Esta reunião, organizada pela Direção Geral dos Desportos (DGD) do arquipélago, em parceria com a ORAD, envolve a participação de todos os países membros da organização, nomeadamente Cabo Verde, Benin, Burkina Faso, Côte d’Ivoire, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Mali, Níger, Senegal e Togo.

Segundo uma fonte da DGD, o objetivo fundamental do encontro é reforçar a luta contra esse flagelo, que é o doping no desporto, uma prática que, para além de nociva à saúde dos atletas, põe em risco a verdade desportiva.

Daí que ações como esta reunião ORAD constituem orientações da própria UNESCO e da Agência Mundial Antidopagem (AMA) para um combate mais eficaz a esta grave ameaça à juventude.

“Cabo Verde foi um dos primeiros países, sobretudo da nossa organização CPLP, a ratificar a Convenção Internacional da Luta contra o Doping. Isso quer dizer que o país está preocupado e quer participar nesta luta, neste combate e tem que ser um combate sem tréguas”, assinalou a fonte a DGD cabo-verdiana.

Neste sentido, têm sido realizadas várias palestras, produzidos desdobráveis e realizadas algumas marchas a nível nacional, sobretudo nas escolas desportivas e secundárias do arquipélago.

“Num universo de estudantes, nós temos um grupo muito grande sobretudo de atletas. Estamos, precisamente, a ajudar nessa prevenção e com isso contamos com o grande apoio da Agência Mundial de Antidopagem, através do projeto que submetemos e que, pela segunda vez, vamos ter com certeza aprovado”, revelou a mesma fonte.

Neste momento, disse, não se pode dizer que em Cabo Verde existe doping no desporto.

O técnico da DGD preisou que “não existem factos” que comprovem esta prática, mas ele avançou que se está a trabalhar na prevenção por vários motivos, o primeiro dos quais resultado do facto de, no caso da seleção de futebol, a grande maioria dos jogadores serem atletas que residem fora do país.

-0- PANA CS/IZ 25ago2016