Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde acolhe 4.º Fórum de boas práticas da saúde da CEDEAO

Praia, Cabo Verde (PANA) – Um quarto fórum de boas práticas de saúde no seio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decorre na cidade da Praia até à sexta-feira, 26 de novembro corrente, soube a PANA de fonte oficial.

O Fórum decorre sob a égide da Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS) em parceria com os Estados Membros e os Parceiros Técnicos e Financeiros (PTF) e o Governo de Cabo Verde, de acordo com a fonte.

Falando na abertura do evento, que tse realiza sob o lema “Inovações ou boas práticas em cobertura sanitária universal ou sistemas de saúde”, o ministro cabo-verdiano da Saúde, Arlindo do Rosário,  destacou o papel “inquestionável” dos profissionais de saúde da CEDEAO na resposta à pandemia.

Sublinhou que a covid-19 veio testar as suas capacidades e limites, como sistemas e profissionais.

Segundo Arlindo do Rosário, o papel desempenhado pelos profissionais de saúde, nos últimos dois anos em África, nesta região e no país, veio demonstrar aquilo que sempre foram capazes de ser, ou seja, “resilientes em muitos casos também eficientes.”

O governante considerou que os países foram limitados pela escassez dos recursos financeiros, profissionais, técnicos, e, mesmo assim, conseguiram responder, em meio à crise, aos desafios impostos pela covid-19 sem descurar dos outros “importantes” problemas de saúde pública que afetam a comunidade oeste-africana.

Este fórum, segundo o governante, é o momento indicado para que, de forma construtiva, mas ainda assim crítica, os países da CEDEAO juntos possam traçar formas mais harmoniosas e integradas de cuidar e servir em saúde, associando sempre a universalidade dos cuidados em saúde à equidade, qualidade, disponibilidade, eficiência, efetividade e a sustentabilidade dos cuidados.

Por outro lado, Arlindo do Rosário considerou que este é o momento crucial para responder ao chamado internacional que recomenda que, na área da saúde, “mas obviamente que não exclusivamente na saúde”, inovar pode significar evolução e desenvolvimento.

O que se pretende, prosseguiu, é que, ao inovarmos em saúde, tenhamos uma melhoria concreta, palpável, não só em termos estatísticos e numéricos e nos mais variados indicadores, mas efetivamente na saúde e qualidade de vida das pessoas, das famílias e das comunidades.

O ministro mostrou-se convicto de que este encontro reforçará, nas instituições e profissionais de saúde, o estímulo para analisar criticamente as políticas, intervenções e o trabalho desenvolvido nos respetivos países.

“A ideia é criar oportunidades de perceber as falhas e lacunas, e projetar, de forma mais adequada e sensível possível, as modificações, aperfeiçoamentos e inovações necessárias para abordarmos, de forma integrada e articulada, a saúde, a doença, o doente, as famílias e as comunidades que servimos”, sustentou.

Segundo o governante cabo-verdiano, o caminho continua “árduo” porque, a seu ver, a saúde alcançou uma nova centralidade, "o que irá exigir muito mais e melhor” dos países e profissionais.

-0- PANA CS/DD 25nov2021