Agência Panafricana de Notícias

Burundi exige saída da agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Bujumbura, Burundi (PANA) - O novo Chefe de Estado burundês, Evariste Ndayishimiye, pediu que o seu país saia da agenda do Conselho de Ssegurança, em entrevista telefónica com o Secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, anunciou terça-feira a rádio onusina.

No começo,  era questão dos parabéns de Guterres ao novo Presidente eleito do Burundi e das condolências pela morte inesperada do seu antecessor, Pierre Nkurunziza, segundo a mesma fonte.

O Presidente Ndayishimiye nomeou o ex-representante do Burundi para as Nações Unidas, Albert Nshingiro, ao cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, num novo Governo.

Nas Nações Unidas, o jovem diplomata do Burundi falhou uma série de soluções para a crise política e dos direitos humanos depois das eleições gerais, controversas e manchadas com violência em 2015.

Uma das resoluções preconizava o envio de forças de manutenção da paz para evitar "ameaças de genocídio".

Membros permanentes do Conselho de Segurança, principalmente os Russos e os Chineses,  opuseram-se aos vetos nas  resoluções sobre o Burundi.

Uma Comissão de Inquérito onusina concluiu por motivos "razoáveis"  acreditar que "crimes contra a humanidade" foram cometidos no Burundi, nomeadamente "o assassinato, a tortura, a violação, a prisão e perseguição, numa impunidade" quase total ".

Além disso,  um inquérito está pendente diante do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre  "crimes contra a humanidade " que teriam sido perpetrados no Burundi.

A abertura do inquérito levou as autoridades do Burundi a retirar-se oficialmente do TPI.

Agentes políticos e de segurança burundeses ainda dos ativos estão na lista dos supostos comanditários e autores dos factos que são objeto de inquérito  da justiça internacional

-0- PANA FB/BEH/MAR/IZ 30junho2020