Agência Panafricana de Notícias

Burkina Faso suspende programa de canal francês LCI por "falsas informações"

 

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Programas do canal televisivo francês LCI estão suspensos desde quinta-feira última à noite por "difusão de falsas informações", assim decidiu o Conselho Superior da Comunicação (CSC).

Os programas do La Chaine Info (LCI) estão suspensos por uma duração de três meses no Burkina  Faso nos bouquets de qualquer distribuidor de servicos audiovisuais por assinatura, imediatamente após a notificação da presente decisão, lê-se numa resolucão deste órgão regulador da comunicação no país.

O que está em causa é um programa intitulado "24 horas Pujadas, l'info", difundido a 24 de junho último, e durante o qual uma jornalista do referido canal passou algumas informações sobre a crise securitária no Sahel, em geral, e, em particular, no Burkina Faso, referiu o CSC.

A jornalista, cujo nome não foi revelado, terá dito que terroristas, que qualificou de jihadistas" (extremitas), ganham cada vez mais o terreno desde a retirada do Exercito francês do Burkiuna Faso.

A jornalista afirmou que estes jihadistas avançam rápido na ausência de qualquer Estado nas localidades conquistadas, nomeadamente nas zonas das três fronteiras, entre o Mali, o Niger e o Burkina Faso.

O CSC crítica ainda a jornalista por ter dito sem mencionar a sua fonte, que  40 por cento do território burkinabe estão ocupados, que mais de 2.000.000 pessoas sāo deslocados e que cerca de 90.000 civis designados Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), utilizados "como carne para canhão" para  proteger militares contra terroristas.

"Afirmou que a retirada do Exército francês colocou autoridades malianas em dificuldades face aos ataques terroristas, e que o Exército francês continham os jihadistas", revelou o CSC.

Ela disse mais que o Exercito burkinabe não está vislumbrar uma solução possível e prediz mesmo a criação de um futuro Estado Islâmico, dada a progressão dos jihadistas no terreno, denunciou a autoridade reguladora da comunicação social.

"Estas alegacões não asssentam em nenhum prova concreta e carecem de objetividade e credibilidade. Trata-se de simples suputações e insinuações malévolas suscetíveis de, por um lado, desmoralizar os Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP) e, por outro, reforçar a psicose no seio das oopulações face à crise securitària", concluiu o CSC.

Além do LCI, o Burkina Faso já suspendeu os media públicos franceses, como France 24 e Radio France internationale (RFI) pelas mesmas razões, indica-se no local.

-0- PANA TNDD/IS/SOC/DD 30juin2023