Agência Panafricana de Notícias

Benedito Daniel eleito novo presidente do PRS em Angola

Luanda, Angola (PANA) - Benedito Daniel, até aqui secretário-geral do Partido de Renovação Social (PRS), foi eleito esta terça-feira como o novo presidente desta que é a terceira maior força política da oposição parlamentar angolana fundada em 1991.

O novo líder, eleito durante o quarto congresso ordinário do PRS, substitui o fundador Eduardo Kuangana, que deixa o lugar por doença.

Benedito Daniel disputou a liderança do partido com dois outros destacados militantes do partido, designadamente Sapalo António, secretário para a Economia e Finanças; e João Baptista Ngandagina, antigo ministro da Ciência e Tecnologia.

Os dois candidatos derrotados felicitaram todos o vencedor e prometeram continuar a contribuir para o fortalecimento do partido, que ocupou a terceira posição nas primeiras eleições democráticas do país, em 1992, antes de descer para o atual quarto lugar desde 2012.

No seu discurso de abertura do congresso, Benedito Daniel prometeu servir e honrar os militantes, os Angolanos e a pátria, reafirmando o compromisso do seu partido de manter uma política pacífica e democrática e de defesa das conquistas alcançadas e da estabilidade do país.

Segundo ele, o atual momento do país requer a promoção de importantes avanços em busca da liberdade, da paz e do progresso social, pelo que convidou os militantes do PRS a estarem juntos nas eleições de agosto próximo para garantir a alternativa política necessária.

Afirmou que o seu partido está determinado e comprometido com os objetivos nacionais e o pleno direito do povo angolano de decidir o seu próprio destino e de ver assegurada a prevalência do interesse nacional.

Reafirmando o objetivo do seu partido de implementar o federalismo como sistema de governo, o político disse que o federalismo "proporciona maior desconcentração política e desenvolvimento" e que esta posição não afasta o seu partido de outros sistemas, como os de esquerda e progressistas, que defendem as classes.

“O modelo que temos vindo a propor vai proporcionar uma mudança na vida nacional, abre caminho à construção de uma política alternativa patriótica e constitui um imperativo nacional, uma condição para assegurar uma Angola de justiça social, um país soberano e independente”, sublinhou.

Ainda a respeito do federalismo, Benedito Daniel argumentou que não se trata de uma divisão territorial, nem tão pouco regionalismo.

“É um modelo republicano que não só é necessário, mas possível”, disse, realçando o pleno direito do povo angolano de decidir o seu próprio destino e ver assegurada a prevalência dos interesses nacionais "sobre quaisquer outros projetos que lhe sejam contrários e que criem as desigualdades sociais, as assimetrias regionais e fomentem a pobreza".

-0- PANA IZ 30maio2017