Agência Panafricana de Notícias

BM concede $ 50 milhões à Guiné Conakry para lutar contra vírus de Ébola

Conakry, Guiné Conakry (PANA) – O Banco Mundial (BM) desembolsou à Guiné Conakry um novo envelope de 50 milhões de dólares americanos destinado à luta contra a febre hemorrágica do vírus do Ébola, soube, esta quarta-feira a PANA de fonte oficial.

O anúncio foi feito à margem duma visita ao centro de tratamento do hospital Donaka, o maior do país, pelo diretor do Departamento Saúde do BM, Timothy Evins.

O emissário do BM, que se encontra desde terça-feira na capital guineense onde se reuniu com várias autoridades e responsáveis encarregues da luta contra a epidemia, explicou que a sua visita se inscreve no quadro duma avaliação da situação sanitária e de visita às estruturas sanitárias da capital, Conakry.

O Banco Mundial, que desembolsou uma primeira soma de 31 milhões de dólares americanos, comprometeu-se igualmente em apoiar o Estado guineense na criação de novos centros de trânsito e de tratamento para os doentes da febre hemorrágica do vírus do Ébola.

Durante a cimeira dos chefes de Estado África e dos Estados Unidos, realizada em julho último em Washington, o Banco Mundial anunciou a concessão de 200 milhões de dólares americanos a favor da Guiné Conakry, da Serra Leoa e da Libéria, três países da União do Rio Mano afetados pela epidemia de Ébola.

A assistência do BM chegou numa altura em que a localidade de Banankoro (leste), a mais de 600 quilómetros da capital, muito povoada por causa das suas reservas de diamante, se tornou no novo foco da febre hemorrágica do vírus do Ébola, incitando assim os poderes públicos a reforçar os meios de luta contra a doença nesta cidade da Alta Guiné.

Na perspetiva de reforçar a luta contra a epidemia, o Governo comprometeu-se em criar até meados de novembro próximo 88 centros de tratamento e de trânsito em várias capitais regionais e prefeituras que acolherão casos suspeitos que serão recolhidos antes da sua transferência para os centros de tratamentos das pessoas declaradas positivos ao vírus do Ébola.

Esta nova estratégia permitirá lutar contra a superlotação a unidade de tratamento do Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Donka, onde foi erguido o primeiro centro desde a notificação em janeiro último dos primeiros casos da doença.

Os novos centros serão equipados com vista a intervir rapidamente e serão igualmente equipados de laboratórios para determinar, o mais cedo possível, o estatuto das amostras transportadas.

O pessoal da Cruz Vermelha francesa e os agentes de saúde nacionais formados trabalharão nestes laboratórios, o que permitirá pôr termo antes de finais de dezembro próximo às cadeias de contaminação ou à erradicação total da epidemia.

Por outro lado, comités de vigilância serão instalados brevemente em várias prefeituras e subprefeituras para permitir aos autóctones controlar as entradas das pessoas não originárias destas localidades.

O primeiro caso da febre hemorrágica do vírus do Ébola foi notificado após exames efetuados em França em casos recolhidos em Macenta (sul), a 900 quilómetros da capital, fazendo desta prefeitura o epicentro da doença.

A febre hemorrágica do Ébola causou até agora cerca de 5 mil mortos nos países afetados.

-0- PANA AC/IS/IBA/FK/TON 29out2014