Agência Panafricana de Notícias

BM concede $ 15 milhões para redução da pobreza em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde vai beneficiar dum crédito do Banco Mundial (BM) de 15 milhões de dólares americanos destinado a apoiar os programas de desenvolvimento com vista à redução da pobreza no arquipélago, soube a PANA sábado de fonte da instituição financeira.
Segundo o director das Operações para Cabo Verde do Banco Mundial, Habib Fetini, a decisão de conceder o crédito é fruto da forte parceria entre as autoridades cabo-verdianas e a instituição financeira internacional sediada em Bretton Woods.
Habib Fetini afirmou que este financiamento vai de encontro ao compromisso assumido pelo BM de continuar a apoiar os esforços do Governo cabo-verdiano no sentido de promover o crescimento e a redução da pobreza, estimada actualmente em 26,4 por cento da população.
O BM considera que o crédito contribuirá para a melhoria do clima de investimento através de impostos mais baixos, da redução das barreiras administrativas, do reforço da formação profissional adaptada às necessidades do empregador e duma maior integração com os mercados internacionais.
O crédito servirá ainda para preservar a estabilidade macroeconómica, aumentar a eficiência, a transparência no uso dos recursos públicos e melhorar o seu funcionamento e a prestação de serviços.
Um outro objectivo do fundo é promover a boa governação, através de reformas de gestão da despesa pública, do serviço público, assim como a descentralização, a melhoria das estatísticas e do sistema de acompanhamento e avaliação.
De acordo com o BM, o crédito agora concedido a Cabo Verde é o primeiro de uma nova série de três operações para apoiar a implementação da estratégia do Governo de redução da pobreza.
A redução da incidência da pobreza para a metade constitui o principal objectivo do Plano Nacional de Investimento Agrícola (PNIA) para o período 2010/2015.
Os dados estatísticos mais recentes indicam que a taxa de pobreza em Cabo Verde caiu de 37 por cento, em 2001, para cerca de 27 por cento em 2007, o que constitui um indicador de que o arquipélago está em linha para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas até 2015, sendo um dos poucos países em África a conseguí-lo.