Agência Panafricana de Notícias

BAD promete apoiar reformas económicas em Cabo Verde

Praia Cabo Verde (PANA) - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) comprometeu-se a continuar a apoiar as reformas económicas em Cabo Verde, dando uma especial atenção ao setor empresarial público, tendo em vista a privatização de algumas empresas.

Esta disponibilidade de continuar a apoiar o arquipélago, que em 2008 ascendeu à categoria de país de rendimento médio, foi manifestada ao Governo, quinta-feira, durante um ateliê conjuntamente organizado, na cidade da Praia, pelo Ministério das Finanças e do Planeamento e pelo BAD, para analisar e rever a cooperação da instituição com Cabo Verde.

Segundo a ministra cabo-verdiana das Infraestruturas, Telecomunicações e Economia Marítima, Sara Lopes, o BAD vai ajudar os setores empresariais, público e privado, a melhorarem a sua capacidade de gestão empreendedora, mas também no acesso aos mecanismos de financiamentos existentes.

Sara Lopes indicou que o objetivo do apoio do BAD é que os empresários cabo-verdianos possam aproveitar melhor essas possibilidades de financiamento.

A governante anunciou, a propósito, que a missão do BAD vai estar no país durante esta semana, para analisar e fazer uma avaliação profunda do percurso de Cabo Verde, desde 1977 até à data, e examinar os resultados alcançados ao longo dos 40 anos de cooperação.

O ateliê visa servir também para consolidar o Documento Estratégico do País (DSP), elaborado pelo BAD para o horizonte 2014/2018, e que contempla projetos a iniciar-se ainda este ano, como os investimentos no domínio das infraestruturas e transportes, nomeadamente a nova fase de expansão e modernização do aeroporto internacional da Praia e do Porto da ilha do Maio.

O BAD vai financiar também projetos ligados ao setor da energia, com realce para a interligação das centrais e redes elétricas em seis ilhas, o que, por sua vez, irá permitir um “forte investimento” nas energias renováveis e melhorar a situação em termos energéticos nos próximos anos.

“Para a realização e conclusão de todos os projetos, o país precisa de volumes financeiros extremamente elevados”, precisou Sara Lopes, salientando que o Governo está a trabalhar, igualmente, com outros parceiros para a aquisição de meios.

Por sua vez, o economista chefe do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para Cabo Verde, Adalbert Nshimyumurenyi, garantiu que o DSP para o período 2014/2015 vai ajudar o país no reforço e diversificação das infraestruturas para o desenvolvimento sustentável, e o fortalecimento da governação económica nos setores público e privado.

Segundo ele, a área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) representa 41 porcento dos compromissos assumidos pelo BAD, seguida dos transportes com 37 porcento, energia com 14 porcento, governação económica e financeira seis porcento e Água e Saneamento com dois porcento.

-0- PANA CS/IZ 13março2015