Agência Panafricana de Notícias

Autoridades líbias do leste chamadas a enfrentar danos de tempestade Daniel

Tripoli, Líbia (PANA) - O Governo apela às suas instituições para fazerem face ao desastre causado pela tempestade Daniel na cidade de Derna (leste) e nos seus arredores, anunciou esta quinta-feira em Tripoli o primeiro-ministro líbio, Abdulhamid al Dbaiba.

Discursando durante a 8.ª reunião do Conselho de Ministros em Tripoli, Dbaiba recomendou-lhes a atenuarem os efeitos desta tempestade.

Garantiu que esforços prosseguem a fim de se fazer face às repercussões da catástrofe, aludindo a operações de socorro e obras de reconstrução da zona sacudida.

O primeiro-ministro disse que, se se reconstruir a cidade de Derna segundo a visão do Governo de Unidade Nacional, não haverá lugar para tensões políticas e oportunistas.

Saudou por isso equipas de socorro aos níveis locais e internacional, pelos esforços envidados a fim de reduzir os sofrimentos causados por esta grande

"O desafio securitário é um dos desafios mais importantes com que estamos confrontados hoje", deu a conhecer al Dbaiba.

"Rejeitámos firmemente qualquer parte, em qualquer nome ou qualquer slogan militar que seja. Isolando uma cidade líbia do mundo e cortando as comunicações da sua população, Nous rejetons fermement toute partie, com o pretexto de impor a segurança", indignou-se, aludindo aos confrontos armados em Benghazi (leste) entre grupos militares e o autoproclamado Exército Nacional Líbio dirigido pelo marechal Khalifa Haftar, devido à chegada dum ex-ministro líbio da Defesa, Mehdi al-Barghati.

Este último estava ao serviço do ex- Governo de União Nacional, extinto em 2023 para dar lugar ao novo Governo de Unidade Nacional, dirigido por Abdulhamid al-Dbaiba.

O primeiro foi contestado pelo Governo paralelo baseado em Benghazi, no leste do país.

"Reitero o meu apelo ao procurador geral para que abra um inquérito aprofundado sobre aquilo que ocorreu no passado na cidade de Benghazi, nomeadamente o isolamento, o corte das comunicações e o recurso à força contra a nossa população", acrescentou o primeiro-ministro líbio.

Deplorou que a verdade esteja ainda ocultada por inquéritos dos serviços de segurança politizados e distorcidos de maneira inaceitável.  

Por outro lado, manifestou a posição do Governo e do povo líbios sobre a questão palestiniana, dando o seu apoio firme e rejeitando a ocupação da Palestina por Israel.

Garantiu que se trata de uma posição firme que não mudará.

-0- PANA BY/IS/SOC/DD 19outubro2023