Agência Panafricana de Notícias

Armas vendidas na Líbia via redes sociais

Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) – A gigante das redes sociais Facebook e o serviço de comunicação móvel WhatsaApp são cada vez mais utilizados para vender armas como AK-47 e metralhadoras montadas em camião na Líbia, segundo dados recolhidos pela consultora especializada Armament Research Services (Ares) e encomendados pelo Small Arms Survey, sediado em Genebra (Suíça).

Os dados desenvolvidos pela Ares contêm informações ao mesmo tempo sobre os grupos e os operadores individuais ativos nas redes sociais populares e nas plataformas de comunicação.

A Ares, que produziu uma busca original significativa examinando o comércio online das armas ligeiras e de pequeno calibre na Líbia, declarou no seu site Internet que o projeto seria composto por outros relatórios divulgados sobre a avaliação do programa de segurança do Small Arms Syrvey na África do Norte (SANA).

O primeiro, um relatório mais curto (ou despacho) já foi divulgado pelo Small Arms Survey, um instituto de pesquisa sediado em Genebra, e está disponível no seu site web, enquanto que um relatório mais amplo (documento de trabalho) será divulgado nos próximos meses.

O despacho, intitulado « Comércio Online das Armas Ligeiras na Líbia » está limitado às armas ligeiras, explorando a divisão regional das vendas online e examinando a disponibilidade destes sistemas na Líbia.

Segundo a Ares, o despacho empreende um exame pormenorizado das armas ligeiras propostas à venda, incluindo os seus tipos e denominações específicos bem como os seus países de origem. O documento de trabalho será sensivelmente mais longo e avalia ao mesmo tempo as armas ligeiras e as armas de pequeno calibre.

Estes dois relatórios baseiam-se em fontes recolhidas e analisadas pelos investigadores e analistas da Ares, compilados na base de dados exclusiva de Material de Conflito (Conmat) da Ares.

Contudo, os diferentes relatórios baseiam-se em diferentes partes de dados recolhidos até agora, e nenhum deles representa a integralidade dos dados da Conmat relativos ao comércio online, declarou a consultora.

Mais precisamente, prosseguiu, o documento de trabalho baseia-se num conjunto de dados a partir dum período de tempo dado (novembro de 2014 a novembro de 2015) e aborda cerca de mil e 346 artigos.

O despacho destinou-se a completar as conclusões do relatório mais iminente, e atrai um mais amplo leque de entradas na base de dados Conmat da Ares, avaliando 97 armas ligeiras documentadas num período de 18 meses (setembro de 2014 a março de 2016).

A base de dados da Ares contém milhares de entradas, uma parte apenas do que se refere ao material ilícito negociado online. Compreende exemplos de armas trocadas via redes sociais e plataformas de comunicação na Líbia, no Iraque, no Iémen, no Egito e em outros países.

A base de dados compõe-se por vários milhares de entradas provenientes de vários países, documentadas nalguns anos com novos acréscimos feitos diariamente.

-0- PANA AR/MA/MTA/BEH/MAR/IZ 12abril2016