Agência Panafricana de Notícias

Ano de 2020 é de melhoria no setor petrolífero em São Tomé e Príncipe, diz Governo

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O ano de 2020 é considerado um ano de reviravolta no setor petrolífero, por causa das primeiras perfurações a serem feitas nos blocos 5 e 6, na zona económica exclusiva do país, declarou sexta-feira última em São Tomé o ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Energia, Osvaldo Abreu.

“As perspetivas são boas, e por serem tão boas, as ligadas a empresas petrolíferas presentes demonstraram o interesse em concorrerem noutros blocos existentes na zona”, indicou o governante durante uma  visita à Agência Nacional de Petróleo (ANP) da qual já foi um quadro.

Engenheiro químico especializado em hidrocarbonetos, Osvaldo Abreu declarou à  imprensa que “2020 é o ano de reviravolta não só ao nível do setor petrolífero mas também ao nível de outros setores da vida nacional.”

Avançou na ocasião que, no próximo ano, a americana Kosmos Energy e Galp vai realizar furos nos blocos 5 & 6 na zona económica exclusiva (ZEE).

A mudança do paradigma no setor petrolífero em São Tomé, segundo o ministro, passa pelas atualizações das leis das operações petrolíferas, pela lei-quadro das receitas petrolíferas e pelo Estatuto da Agência Nacional de Petróleo (ANP) criados em 2000.

Osvaldo Abreu defende melhorias salariais e de condições de trabalho, anunciando que os próximos anos serão decisivos e que país não terá quadros à altura para lidarem com empresas que vão operar no mercado.

O dirigente sublinhou que o Governo tem um plano para dar a conhecer a demais instituições para sua viabilização a fim de  permitir a São Tomé e Príncipe tirar melhor proveito das receitas petrolíferas.

Por sua vez, o diretor da ANP, Olegário Tiny, afirmou, nessa ocasião, que não há descobertas sem perfuração e que a perfuração da Komos Energy acontecerá no final do ano 2019 nos blocos 6 e 5, onde a operadora Galp intervirá até ao princípio de 2021.

No entanto, Tiny reivindica, para ANP, uma percentagem das receitas petrolíferas para dar persecução ao seu estatuto autónomo.

Informou que a ANP, desde que existe, já trouxe cerca de 50 milhões de dólares aos cofres do Estado.

Avançou ainda que, em contrapartida, a sua agência se depara com a fuga de quadros especializados, devido aos baixos salários e à falta de condições de trabalho, para outras empresas que operam no país.

 -0- PANA RMG/DD 29dez2019