Agência Panafricana de Notícias

Angola sem novos casos de covid-19 em oito dias

Luanda, Angola (PANA) – Angola completou quinta-feira oito dias consecutivos sem registo de novos casos do novo coronavírus (covid-19), mantendo o mesmo balanço de 19 infeções em quase um mês.

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, dos 19 pacientes confirmados até agora, o país mantém igualmente os mesmos dois óbitos e cinco curados, dos quais dois já receberam alta.

O governante, que falava na habitual conferência de imprensa diária de atualização dos dados sobre a evolução da pandemia no país, explicou que os restantes 12 ainda em tratamento nos hospitais estão estáveis.

Revelou que estão sob controlo 365 casos suspeitos, entre  pessoas que mantiveram contacto direto com os pacientes infetados e as que foram denunciadas pela população ou encontradas pelas equipas de vigilância epidemiológica com sintomas da doença.

Angola recebeu esta semana cinco mil testes rápidos comprados a Portugal para despistar covid-19, e as autoridades sanitárias preparam-se para começar, a partir da próxima semana, um processo de testagens massivas junto das comunidades, em todo o território nacional.

Os primeiros dois casos positivos de covid-19, em Angola, foram anunciados a 21 de março passado, envolvendo cidadãos angolanos então chegados a Luanda, provenientes de Portugal. 

Para conter a propagação da doença, foi decretado, desde 27 de março último, um mês de Estado de Emergência, acompanhado de um confinamento geral marcado pelo encerramento de escolas, universidades e alguns serviços públicos.

Foram igualmente encerradas todas as fronteiras do país e suspensas todas as deslocações interprovinciais, exceto para o transporte de mercadorias e por razões humanitárias ou para a evacuação de doentes. 

Desde o seu surgimento, em dezembro de 2019, a pandemia da covid-19 já infetou mais de dois milhões 197 mil pessoas no Mundo, das quais morreram cerca de 147 mil 512, enquanto perto de 558 mil estão recuperadas. 

A doença surgiu na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se rapidamente por todo o Mundo até ser declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Os Estados Unidos são, neste momento, o país mais infetado no Mundo com quase 700 mil casos positivos confirmados e perto de 35 mil óbitos, à frente de Espanha (185000 infetados/19000 mortos), Itália (169000/22000), França (165000/18000), Alemanha (138000/4100) e Reino Unido (103000/14000).

Em África, a doença está presente em 52 dos 54 países do continente, com um total de quase 18 mil 800 infeções registadas, das quais 971 mortes e quatro mil e 342 recuperações, até ao início da tarde desta quinta-feira, 17.

Os países mais afetados são o Egito e a África do Sul, ambos com cifras acima dos dois mil e 600 casos positivos, seguidos de Marrocos (2528), Argélia (2266), Camarões (996), Tunísia (822), Côte d’Ivoire (688), Gana (641), Níger (609), Djibuti (591), Burkina Faso (546), Nigéria (442) e Guiné-Conakry (438).

Seguem-se o Senegal (442), as ilhas Maurícias (324), a República Democrática do Congo (287), o Quénia (234), o Mali (171), o Rwanda (138), o Congo (117), Madagáscar (111), o Gabão (95), a Tanzânia (94), a Etiópia (92), o Togo (81) e a Somália (80)

Com apenas quatros casos confirmados cada, São Tomé e Príncipe e Sudão do Sul são os países africanos menos atingidos, até agora, atrás do Burundi (05), da Mauritânia (07), da Gâmbia (09), das ilhas Seicheles (11), da República Centro-Africana (12), da Serra Leoa (15), do Botswanda (15), do Malawi (16) e da Namíbia (16).

O grupo dos países menos afetados integra ainda eSwatini (17), Angola (19), Zimbabwe (23), Tchad (27), Moçambique (29), Sudão (32), Eritreia (35), Benin (35), Guiné-Bissau (46), Líbia (48), Zâmbia (48), Guiné Equatorial (51), Uganda (55), Cabo Verde (56) e Libéria (73).

-0- PANA IZ 17abril2020