Agência Panafricana de Notícias

Angola sem novos casos de coronavírus em seis dias

Luanda, Angola (PANA) – Angola entrou no seu sexto dia consecutivo sem registo de novos casos positivos da pandemia do coronavírus (covid-19), enquanto o número de pacientes recuperados passou de quatro para cinco.

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, Angola mantém assim os mesmos 19 casos já confirmados, desde a semana passada, dos quais 12 pacientes ainda em tratamento e dois já falecidos.

“Há seis dias consecutivos, não há registo de novos casos de covid-19, nem denúncias de violação de quarentena domiciliária, nas últimas 48 horas”, afirmou Mufinda, na habitual conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia, terça-feira.

Precisou que 428 cidadãos estavam, até então, em quarentena institucional, dos quais 11 tiveram alta, enquanto seis mil 879 cumprem quarentena domiciliária, incluindo os que regressam às suas casas com o levantamento temporário da proibição de circulação interprovincial.

Nas últimas 24 horas, foram recebidas sete alertas de casos suspeitos, dos quais três foram investigados e descartados, prosseguiu.

As autoridades sanitárias mantêm sob controlo 365 casos suspeitos, constituídos por pessoas que mantiveram contacto direto com os pacientes positivos, e outras com sintomas da doença denunciadas pela população ou encontradas pelas equipas de vigilância epidemiológica.

Outros 696 cidadãos são controlados pelas autoridades sanitárias, porque estiveram expostos à doença de forma indireta, referiu o governante. 

Revelou que, na próxima semana, as autoridades sanitárias pretendem dar início ao trabalho de testagem com apoio de aparelhos usados para o diagnóstico da tuberculose, identificados em 15 províncias, em complemento com os testes rápidos que esperam receber brevemente, do exterior.

Os primeiros dois casos positivos da pandemia da covid-19, em Angola, foram anunciados a 21 de março passado, envolvendo cidadãos angolanos chegados a Luanda, provenientes de Portugal. 

Para conter a propagação da doença, o país vive, desde 27 de março último, um mês de Estado de Emergência, acompanhado de um confinamento geral marcado pelo encerramento de escolas, universidades e alguns serviços públicos.

Estão igualmente encerradas todas as fronteiras do país e suspensas todas as deslocações interprovinciais, exceto para o transporte de mercadorias e por razões humanitárias ou para a evacuação de doentes. 

A interdição de deslocações interprovinciais foi, porém, temporariamente levantada, entre 11 e 13 de abril corrente, para permitir regresso daqueles que foram apanhados pela declaração do Estado de Emergência fora dos seus domicílios.

Desde o seu surgimento, em dezembro de 2019, a pandemia da covid-19 já infetou, até agora, mais de dois milhões de pessoas, no Mundo, das quais morreram cerca de 127 mil enquanto perto de 485 mil estão recuperadas. 

A doença surgiu, na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se rapidamente por todo o Mundo, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declará-la uma pandemia. 

Em África, ela está presente em 52 dos 55 países do continente com mais de 16 mil infeções, registadas até à manhã desta quarta-feira, 15, incluindo cerca de 900 mortes e três mil e 200 recuperações.

Os países mais afetados são a África do Sul e o Egito, respetivamente com dois mil 415 e dois mil 350 casos, seguidos da Argélia (2070), de Marrocos (1888) e dos Camarões (852).

Integram ainda o grupo a Tunísia (747), a Côte d’Ivoire (638), o Gana (636), o Níger (570), o Burkina Faso (528), a Nigéria (373), a Guiné-Conakry e o Djibuti, todos com 363.

Seguem-se as ilhas Maurícias (324), o Senegal (299), a República Democrática do Congo (254), o Quénia (216), o Mali (144), o Rwanda (134), Madagáscar (108), a Etiópia (82), o Gabão (80), o Togo (77) e o Congo-Brazzaville (74).

A Somália (60), a Libéria (59), o Uganda (55), a Tanzânia (53), a Zâmbia (45), a Guiné Equatorial (41), a Guiné-Bissau (40), o Benin (35), a Eritreia (35), o Sudão (32), Moçambique (28), a Líbia (26) e o Tchad (23) são os países imediatamente a seguir.

São e Tomé e Príncipe e o Sudão do Sul colideram a lista dos menos afetados com quatro casos positivos cada, atrá do Burundi (05) da pela Mauritânia (07) e da Gâmbia (09).

Seguem Cabo Verde, República Centro-Africana (12), Serra Leoa e ilhas Seicheles, todos com 11, e ainda Botswana (13), eSwatini (15), Malwi (16), Namíbia (16), Zimbabwe (18) e Angola (19).

-0- PANA IZ 15abril2020