Agência Panafricana de Notícias

Angola regista melhoria de 13,5% na balança de pagamentos

Luanda, Angola (PANA) - A balança de pagamentos angolana registou uma melhoria de 13,5 porcento no primeiro semestre deste ano, com um saldo de seis biliões 744 milhões de dólares americanos, revelou o ministro angolano das Finanças, Armando Manuel.

Segundo o ministro, que falava segunda-feira, em Luanda, durante a apresentação no Parlamento da proposta de revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE), o valor em causa incorporou uma variação acumulada das importações na ordem de 56 porcento descendentes e outra de 32,7 porcento igualmente descendentes para as exportações.

No domínio cambial, a taxa de câmbio média foi de 162,15 kwanzas angolanos face ao dólar americano, refletindo uma depreciação homóloga de 47,5 porcento e uma posição acumulada de 33,9 porcento, disse.

Em termos gerais, prosseguiu, o balanço do primeiro semestre de 2016 indica um desempenho superavitário da economia do país, na ordem dos 118,6 biliões de kwanzas angolanos, o equivalente a sete porcento do Produto Interno Bruto (PIB).

A posição de financiamento interno situou-se na ordem dos 170,4 biliões de kwanzas angolanos, o equivalente a um porcento do PIB, com uma política monetária preocupada em enxugar os excessos de liquidez passíveis de pressionar os preços domésticos, explicou.

Disse ser neste sentido que a autoridade monetária do país procedeu a ajustamentos da taxa de juros no decorrer do semestre, agravando nomeadamente a taxa de cedência de liquidez.

A nova proposta de revisão do OGE 2016 comporta receitas estimadas em 3.484,6 mil milhões de kwanzas angolanos, contra os 3.514,5 mil milhões da previsão anterior, configurando um défice de 6,8 porcento do PIB contra o anteriormente previsto de 5,5 porcento.

No cenário macroeconómico, as perspetivas de crescimento da economia nacional foram revistas em baixa de 3,3 porcento (OGE 2016) para 1,1 (OGE 2016 Revisto).

A taxa de crescimento do PIB real projetada para 2016 é de 1,1 porcento, quando comparado com o período homólogo de 2015, com o setor petrolífero a crescer 0,8 porcento e o não petrolífero 1,2 porcento.

O desempenho do setor não petrolífero neste cenário é justificado pela melhoria da performance esperada nos setores da agricultura (de 5,2 porcento para 6,7), construção (de 2,2 porcento para 3,2), indústria transformadora (de -11 porcento para -3,9 porcento) e serviços mercantis (de -1,5 porcento para 0%).

A produção petrolífera situar-se-á em 654,6 milhões de barris, que correspondem a uma produção média diária de 1.793,4 mil barris, incluindo a produção do Gás Natural Liquefeito (LNG) que poderá alcançar uma produção média diária de 54.145 barris equivalentes, abaixo dos níveis de produção média diária de 60 mil barris equivalentes inicialmente previstos.

-0- PANA IZ 16ago2016