Agência Panafricana de Notícias

Angola preconiza gestão rigorosa de recursos face à crise económica

Luanda- Angola (PANA) -- O primeiro-ministro de Angola, António Paulo Kassoma, apelou quinta-feira em Luanda para uma gestão mais rigorosa, disciplinada e parcimoniosa dos recursos devido à redução das receitas do país, por forma a enfrentar a crise económica internacional, soube-se de fonte oficial na capital angolana.
Citando um discurso recente do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, disse que "a crise veio revelar mais uma vez que a grande dependência da nossa economia do petróleo e dos diamantes não é conveniente e que é necessário acelerar a diversificação económica, realizando e promovendo investimentos noutros domínios da produção".
Paulo Kassoma defendeu uma melhor organização e planificação das acções com vista a enfrentar a crise com a melhor eficácia possível, optando de maneira mais incisiva na racionalização das despesas e na diversificação da produção nacional, rumo ao desenvolvimento sustentável.
Entre as medidas alternativas para atenuar os efeitos da crise económica sobre Angola, apontou o aumento da produção alimentar, a melhoria das condições de saúde da população, sobretudo o combate às grandes endemias, a implementação de programas de saneamento básico, e o desenvolvimento integrado das comunidades rurais.
Falando durante uma reunião com os parceiros sociais do Governo, o primeiro-ministro definiu ainda como acções prioritárias, em função dos recursos a serem disponibilizados, a garantia do funcionamento normal das instituições, a estabilidade macroeconómica e a redução do grau de abrandamento da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Declarou que estas acções prioritárias visam, também, promover as actividades económicas produtivas, geradoras de empregos e rendimentos, apoiar a substituição competitiva das importações e o fomento das exportações.
Paulo Kassoma defendeu a intensificação dos estudos e dos trabalhos preparatórios do lançamento de investimentos industriais mais significativos como o projecto de gás natural liquifeito, a nova refinaria do Lobito (litoral-centro), uma nova siderurgia, a indústria de materiais de construção, os projectos das zonas económicas especiais e agrícolas, com a participação do sector privado.
O primeiro-ministro sublinhou que "depois de alguns anos de crescimento económico intenso entre 2002 e 2006, espera-se para 2009 um abrandamento devido à crise financeira, petrolífera e alimentar internacional, que influencia negativamente as expectativas de crescimento económico mundial e, em particular, das economias com as quais Angola mais se relaciona".