Agência Panafricana de Notícias

Angola gera 161 mil novos empregos em menos de dois anos

Luanda, Angola (PANA) - A economia angolana gerou, entre 2018 e o terceiro trimestre deste ano, 161 mil e 997 novos empregos, quase um terço dos postos previstos pelo Governo para o quinquénio 2017-2022.

Este dado foi avançado terça-feira pelo Presidente angolano, João Lourenço, no Parlamento, onde afirmou que o país retomará a senda do crescimento económico, a partir de 2020.

Na sua mensagem sobre o Estado da Nação, na abertura do novo Ano Parlamentar, João Lourenço explicou que dos 161 mil empregos, 80,3 por cento  foram criados no setor empresarial público e privado e os restantes 19, 7 por cento na Função Pública.

O setor do Comércio foi o que gerou mais empregos, seguido dos da Construção e Obra Públicas, dos Transportes, da Agricultura e da Indústria, precisou.

O Presidente lembrou que a crise económica, iniciada em 2014 com a queda do preço do petróleo, agudizou-se agora com o aumento da dívida pública, representando 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Para escapar da "armadilha do endividamento", disse, o serviço de pagamento da dívida atingiu 51 por cento das despesas do Orçamento Geral do Estado (OGE), em 2019, e o saldo orçamental anteriormente deficitário “agora é positivo”.

“Isso permite reduzir o recurso ao endividamento público”, afirmou.

João Lourenço reiterou que o foco da sua governação é reanimar e diversificar a economia, com a retomada do crescimento, já a partir de 2020.

Previu a redução das taxas de inflação em um digito, até ao final da legislatura, tendo como indicador a taxa de inflação dos últimos 12 meses, segundo ele, que percorre uma trajetória descendente.

Entre outubro de 2018 e outubro deste ano, a taxa de inflação situou-se em 17,24 por cento, nível inferior em 1,36 pontos percentuais ao observado em igual período de 2018, que foi de 18,6  por cento.

A taxa de inflação acumulada foi de 42 por cento, em 2016 e de 23,7 por cento, em 2017, sendo que João Lourenço prometeu continuar a conduzir a política fiscal, monetária e cambial, para  Angola voltar, até 2022, a ter taxas de inflação anuais de um só dígito.

No domínio das contas externas, lembrou que a conta corrente da Balança de Pagamentos saiu de um défice de 0,5 por cento do PIB, em 2017, para um superávit de 7,0 por cento do PIB em 2018.

O saldo da Balança de Pagamentos registou melhorias ao sair de um défice de 4,0 por cento do PIB, em 2017, para um défice de apenas 0,5 por cento do PIB, em 2018.

Segundo o chefe de Estado, o Governo está a trabalhar na construção de uma economia de mercado e na alteração da estrutura económica, que depende atualmente do setor público e da indústria petrolífera.

-0- PANA IZ 15out2019