Agência Panafricana de Notícias

Angola exporta 5,2 milhões de toneladas de gás natural

Luanda, Angola (PANA) - A empresa Angola LNG Marketing prevê exportar cinco milhões e 200 mil toneladas de Gás Natural Liquefeito (LNG), correspondente a 70 carregamentos por ano, na sequência de vários acordos-quadro de compra e venda celebrados com clientes de todo mundo, soube-se de fonte oficial quarta-feira em Luanda.

Segundo uma nota de imprensa da Angola LNG Marketing, citada pela agência de notícias Angola Press (Angop), além do Gás Natural Liquefeito, Angola vai exportar também outros tipos de gases como propano, butano e condensados.

A Angola LNG Marketing precisa, na nota de imprensa publicada quarta-feira em Luanda, que outros acordos estão a ser negociados.

Em junho passado, o primeiro carregamento de 160 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito do projeto Angola LNG foi transportado para o Brasil a partir do Soyo, na província nortenha angolana do Zaire, a bordo do navio-tanque Sonangol Sambizanga e descarregado no terminal de regaseificação da Petrobras na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

A propósito do primeiro carregamento, o presidente da Angola LNG Marketing Ltd., Artur Pereira, afirmou que “a nossa principal prioridade é a produção e a entrega de LNG angolano para todo mundo, de forma segura e fiável. Isto foi demonstrado com a entrega do nosso primeiro carregamento".

O Angola LNG é uma parceria entre as companhias petrolíferas Sonangol, Chevron, BP, ENI e Total e visa a recolha e o processamento de gás natural, cuja finalidade é a produção e a comercialização de LNG e NGL (Líquidos de Gás Natural).

Com uma duração mínima prevista de 30 anos, o projeto Angola LNG ambiciona ser um fornecedor fiável e competitivo, um parceiro forte da comunidade e um modelo para o desenvolvimento económico de Angola.

O projeto constitui uma solução para minimizar a queima de gás e a poluição ambiental, recolhendo gás associado dos campos petrolíferos do offshore de Angola, com vista a fornecer energia limpa e fiável aos clientes e rentabilizar o investimento feito pelos acionistas.

Ele deverá também fornecer LPG e gás natural ao mercado nacional, satisfazendo as necessidades industriais e energéticas.

Anteriormente, o gás era queimado ou reinjectado nos reservatórios de petróleo bruto, mas hoje o projeto Angola LNG representa uma solução para reduzir as emissões de carbono e criar uma nova fonte de energia limpa.

Os acionistas do Angola LNG são a Sonangol (22,8%), a Chevron (36,4%), a British Petroleum (13,6%), a ENI (13,6%) e a Total (13,6%).

Com uma frota de sete navios-tanque de LNG e três cais de carregamento (LNG, líquidos e butano comprimido), o projeto Angola LNG tem como missão eliminar a queima de gás, fornecer energia limpa e fiável aos clientes e rentabilizar o investimento.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África Subsariana, com cerca de 1,7 milhão de barris por dia em 2013. As suas atuais reservas petrolíferas estimam-se em aproximadamente 12,7 biliões de barris.

-0- PANA ANGOP/TON 24jul2013