Agência Panafricana de Notícias

Angola e Total assinam vários acordos de cooperação

Paris, França (PANA) - A visita do Presidente angolano, João Lourenço, a França esta semana permitiu, entre outros resultados, assinar vários acordos no domínio petroleiro entre o seu país e o grupo Total, primeiro parceiro petrolífero de Angola, soube a PANA em Paris.

Estes acordos assinados pelo presidente-diretor-geral da Total, Patick Pouyanné, e por Carlos Saturnino, presidente do Conselho de Administração da Sanangol, abrangem as atividades a montante e à jusante do Grupo em Angola, incluindo um contrato de serviço a riscos relativo à permissão de exploração do Bloco 48 em offshore profundo com a Total operadora.

Este acordo associa a Total e a Sonangol a 50/50 para levar a cabo a exploração no Bloco 48 em águas ultraprofundas offshore Angola com uma primeira fase de dois anos, que vai compreender um poço.

Um outro acordo situa-se no quadro da futura joint-venture entre a Total e a Sonangol para desenvolver conjuntamente uma rede de estações serviço em Angola, incluindo a logística e o fornecimento de produtos petroleiros.

Foi igualmente rubricado um protocolo de acordo que permitirá financiar 50 novas bolsas de estudo para ensino superior em França para jovens estudantes angolanos até finais de 2019.

"O grupo saúda os trabalhos realizados conjuntamente pelas autoridades angolanas, pela Sonangol e pela indústria para adaptar o quadro fiscal e regulamentar. Essas evoluções são essenciais para permitir relançar o investimento neste setor chave da economia angolana e aplicar novos projetos, incluindo os futuros desenvolvimentos no Bloco 17", declarou Patrick Pouyanné, num comunicado do Grupo Total cuja cópia foi transmitida à PANA, em Paris.

Por seu turno, o diretor-geral da Total Angola EP, Laurent Maurel, aproveitou a visita de João Lourenço, em Paris, para anunciar que a empresa está agora em condições de pôr fim ao processo de despedimento de funcionários em Angola , uma vez concluído o processo de reestruturação que estava em curso e que provocou "alguns despedimentos".

Maurel Disse que as famílias "podem ficar descansadas, porque não haverá mais desvinculação na companhia.

"Não haverá mais despedimentos na Total. Está concluída a reestruturação e todos trabalhadores podem ficar descansados", prometeu Maurel em declarações à imprensa na capital francesa, à margem do ato de assinatura dos acordos com a Sonangol.

Em Janeiro deste ano, a empresa entrou num processo de reorganização, assente na "eliminação de desperdícios e redução de custos operacionais" e, como resultado, vários trabalhadores foram despedidos, entre angolanos, expatriados e contratados.

A Total opera o Bloco 17 com uma participação de 40 porcento, ao lado da Statoil (23,33), da Esso Exploration Angola Block 17 (20) e da BP Exploration Angola (16,67).

A companhia petrolífera francesa também opera no Bloco 32 offshore, em águas profundas, onde detém uma participação de 30 porcento.

Grupo mundial e global de energia e uma das primeiras companhias petrolíferas e de gás internacionais, a Total está presente em Angola desde 1953 com uma produção estabelecida em 229 mil barris equivalentes de petróleo por dia, em 2017.

-0- PANA BM/JSG/IBA/MAR/IZ 30maio2018