Agência Panafricana de Notícias

Angola e África do Sul rubricam memorando de entendimento com RDC

Luanda, Angola (PANA) - Os governos de Angola, África do Sul e República Democrática do Congo (RDC) rubricaram sexta-feira, em Luanda, um memorando de entendimento tripartido para o diálogo e cooperação entre si, soube-se de fonte oficial na capital angolana.

O entendimento, que, entre outros, define a cooperação entre as partes na área de formação das Forças Armadas e da Polícia da RDC, foi rubricado pelos chefes de diplomacia dos três países, respetivamente Georges Chikoti, Maite Nkoana Mashabane e Raymond Tshibanda, no termo de uma cimeira tripartida consagrada à situação de segurança na região e na RDC.

Assinado na presença dos Presidentes de Angola, José Eduardo dos Santos; da África do Sul, Jacob Zuma; e da RDC, Joseph Kabila, o acordo prevê igualmente, no domínio económico, questões relacionadas com os portos do Lobito (Angola) e de Durban (África do Sul), bem como com a barragem hidroeléctrica do Inga (RDC).

O Presidente Kabila disse à imprensa no final da cimeira tripartida que os dois grandes objetivos deste acordo são apoiar os esforços da RDC nos mais variados domínios, com realce para a formação nos setores da defesa e segurança, e lançar a cooperação entre os três países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

A cimeira tripartida de sexta-feira seguiu-se a uma outra realizada a 12 de março deste ano, também na capital angolana, quando foi criado um Mecanismo Tripartido de Relação e Cooperação conjunta destinado a garantir a consolidação da paz na região dos Grandes Lagos.

Para além das questões de paz e segurança na região austral e central de África, em geral, o encontro de março também abordou particularmente a situação humanitária e de segurança na RDC.

Segundo as Nações Unidas, a retomada das hostilidades, desde julho passado, entre as forças governamentais e os rebeldes do M23, no leste do país, aumentou na RDC as ações de raptos, violações, julgamentos extrajudiciais, recrutamento de menores e impedimentos ao acesso da ajuda humanitária às áreas sob controlo rebelde.

-0- PANA IZ 23ago2013