Angola defende fim de conflitos em África
Luanda, Angola (PANA) - Uma das bandeiras da liderança de Angola na organização continental é o fim dos conflitos armados que se têm vindo a agravar, declarou o Presidente angolano e da UA, João Lourenço.
Em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), em Luanda, segunda-feira última, João Lourenço afirmou que o principal desafio da União Africana está relacionado com a paz e segurança.
"Há uns anos, quando falávamos sobre a paz e segurança, estávamos preocupados, apenas com a região do Sahel, com a queda do regime de Kadafi (líder líbio). A Líbia tornou-se num mercado aberto de venda de armas e facilitador do surgimento de movimentos terroristas, que acabaram por afetar parte daquela região do Sahel, começando pela Nigéria, com o Boko Haram (seita islamita e terrorista), que rapidamente se estendeu para os Camarões, para o Tchad, para o Níger, para o Mali e para o Burkina Faso."
“Todavia, depressa as preocupações voltaram-se para a África Central, particularmente para a região dos Grandes Lagos, com a situação do leste da República Democrática do Congo (RDC), do Sudão, do Sudão do Sul, do nordeste de Moçambique, em Cabo Delgado, e da Somália”, acrescentou.
Frisou que, sem paz e segurança, não se pode falar de desenvolvimento nem de economia.
Garantiu que a liderança angolana pro-tempore da União Africana está, igualmente, focada na construção de infraestruturas de estradas, de autoestradas, de portos, de energia, de água e de caminhos de ferro.
João Lourenço referiu, ainda, que outra das metas da organização continental é de que haja energia suficiente para que África se torne menos rural e mais industrializada.
“Se alguém sobrevoar o continente à noite e lá de cima olhar cá para baixo só vê escuridão. Para a dimensão de África, o que está iluminado é ínfimo. Precisamos de investir fortemente na produção, distribuição e transportação de energia elétrica, se queremos ver um continente que, em vez de se limitar a exportar em bruto as matérias primas, possa transformá-las localmente, mas para isso é necessário energia”, concluiu.
-0- PANA JA/DD 8junho2025