Agência Panafricana de Notícias

Angola defende diplomacia preventiva como imperativo para Estados

Yokohama, Japão (PANA) - O ministro agolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, salientou domingo, em Yokohama, a importância para os Estados de atuarem no sentido da diplomacia preventiva, desenvolvendo ações para a manutenção da paz e estabilidade.

Falando no quadro do painel sobre s paz e estabilidade na V Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Africano de Tóquio (TICAD V), Chicoti disse que a paz e a estabilidade são parte integrante de pré-requisitos e um imperativo no processo de desenvolvimento de qualquer sociedade ou país.

“Não podemos falar de desenvolvimento se não há paz e não haverá estabilidade se igualmente não houver paz, forçando-nos a evidência de considerar esta como "condição sine qua non" para o desenvolvimento”, disse o chefe da diplomacia angolana
em representação do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, no evento.

Referiu-se a mais de três décadas em que Angola viveu uma situação muito difícil caracterizada por uma guerra que devastou as infraestruturas mais importantes e causou avultados danos humanos, materiais e financeiros e quase comprometeu a existência do país.

Durante esse tempo de memória trágica e triste, acrescentou Chicoti, o país não poderia dedicar os seus esforços em prol do desenvolvimento.

No entanto, “graças à visão de líderes angolanos, os esforços do Governo, com a ajuda de muitos países representados nesta conferência, finalmente Angola alcançou a paz e estabilidade duradoura”, disse.

Na sua intervenção neste painel, que contou no presidium com a presença do comissário para a paz e segurança da União Africana, Ramtane Lamamra, do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e do presidente interino do Mali, Diocounda Traoré, o ministro salientou que, 11 anos depois de alcançar a paz e estabilidade, Angola entrou no caminho do desenvolvimento e ganhou um rumo importante que elevou a sua economia a um nível das que mais crescem no mundo.

Por este motivo, disse o chefe da diplomacia angolana, a partir das amargas lições aprendidas, neste passado presente, pode-se facilmente tirar conclusões e desenvolver o máximo dos nossos esforços para um mundo de paz e um futuro melhor para as gerações atuais e futuras.

Neste contexto, acrescentou o ministro, “unimos a nossa voz à tde odos os oradores que salientaram a necessidade urgente de abordar as causas subjacentes da insegurança e instabilidade, incluindo to errorismo, a pirataria e outros que emanam do subdesenvolvimento socioeconómico, a exclusão e má governação".

Por isso, Chicoti considerou como importante que as relações entre todos os intervenientes, no quadro do TICAD, desenvolvam ações no domínio da diplomacia preventiva, fazendo esforços para a manutenção da paz e ações de construção.

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