Agência Panafricana de Notícias

Amnistia Internacional exige libertação de ativistas de direitos humanos no Zimbabwe

Paris, França (PANA) –, A Amnistia Internacional (AI) pediu terça-feira a libertação “imediata e incondicional” de três ativistas dos direitos humanos presos no início desta semana em Gwanda, na província de Matabeleland-Sul, no Zimbabwe.

Trata-se de Fadzai December, Molly Chimhanda e de Gilbert Mabusa detidos por infração à lei relativa à ordem pública e à segurança por ter participado num comício sem autorização, precisa um comunicado da AI.

«Os militantes estão presos unicamente devido à sua ação legítima a favor da liberdade de expressão e duma reforma da imprensa no Zimbabwe. Consideramos estas pessoas como prisioneiros de opinião e pedimos a sua libertação imediata e incondicional », declarou o diretor do programa África da AI, Erwin van der Borght, citado no comunicado.

Por outro lado, a AI indica que, a 6 de dezembro corrente, em Harare, a capital do Zimbabwe, o coordenador do Projeto de Supervisão da Imprensa para o Zimbabwe, Andrew Moyse, foi presoestá cativo por possuir material ligado à chamada operação de segurança Gukuruhundi levada a cabo pelo Governo nos anos 1980 nas províncias de Matabeleland e de Midlands, durante a qual milhares de civis foram mortos ou mutilados pelas forças de segurança.

A Polícia, que dispunha dum mandato de perquisição, apreendeu igualmente DVDs encontrados nas instalações da organização, enquanto Moyse foi interrogado durante várias horas antes de ser liberto sem inculpação.

A AI qualifica estas detenções e interrogatórios de « atos de perseguição e de intimidação sistemáticos » levados a cabo contra defensores dos direitos humanos pela Polícia e por outras organizações encarregues da segurança do Estado.

Ela exige das autoridades zimbabweanas a cessação « imediata desta perseguição » e o respeito pelos direitos dos defensores dos direitos humanos.

-0- PANA BM/AAS/SOC/MAR/DD 14dezembro2011