Agência Panafricana de Notícias

AI exorta líderes da África Ocidental a condenar Presidente gambiano por violação de direitos humanos

Accra, Gana (PANA) – A seção ganense da organização internacional de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) exortou os dirigentes oeste-africanos a condenar o Presidente gambiano, Yahya Jammeh, pelas suas múltiplas violações dos direitos humanos e pela sua repressão permanente das liberdades políticas.

O diretor da Amnistia Internacional no Gana, Lawrence Amesu, considera que a liberdade permanece « uma ilusão » para a maioria dos Gambianos, particularamente os jornalistas e os militantes dos direitos humanos, que vivem no receio de detencão arbitrária, de tortura, de processos injustos, de desaparição e de execuções extajudiciárias.

Amesu falava sexta-feira em Accra durante uma conferência de imprensa para marcar o "Dia de Ação sobre a Gâmbia", por ocasão do 17º aniversário do golpe de Estado que permitiu ao Presidente Jammeh tomar o poder.

Segundo Amesu, o objetivo este ano é sensibilizar sobre a situação dos direitos humanos na Gâmbia nos fóruns regionais e internacionais de envergadura, mas também oferecer aos Gambianos da diáspora a ocasião de formar uma rede internacional poderosa de ativistas que poderia reagir às infrações ligadas aos dirietos humanos no seu país.

Ele convidou as organizações regionais africanas a fazer do balanço deplorável da Gâmbia no domínio dos direitos humanos uma prioridade e incentivar as organizações internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, a garantir a proteção dos direitos humanos neste Estado oeste-africano.

Conselheira da Guman Rights Advocacy Center (HRAC) no Gana, Jane McCoster pediu, por sua parte, aos líderes da sub-região que têm interesse e influência sobre este caso a intensificar os esforços para acabar com as injustiças na Gâmbia.

Ela convidou o Governo gambiano a respeitar as suas obrigações para com o povo no quadro do direito nacional e internacional.

« O Governo gambiano trai a confiança dos seus cidadãos ao desrespeitar os direitos e as liberdades que lhes garante a Constitução gambiana de 1997, mas também várias convenções internacionais às quais a Gambia é parte », denunciou a ativista.

-0- PANA MA/NFB/DIM/TON 23 julho 2011